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Vem aí mais um “Gilmarpalooza”

A organização do Fórum tem divulgado diariamente os nomes de peso da política, do Judiciário, da advocacia e do mundo dos negócios que viajarão a Lisboa para falar no evento. Dos 11 ministros do STF, devem estar presentes no Fórum o presidente Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Dias Toffoli, Flávio Dino e o próprio Gilmar Mendes.

Dentre as empresas privadas, BTG, Eletrobras, Grupo Yduqs e Light, todos com processos em tramitação na Suprema Corte, tiveram representantes anunciados como palestrantes no Gilmarpalooza. O banco enviará à capital portuguesa a sócia Bruna Marengoni, o diretor jurídico, Bruno Duque, e o chairman, André Esteves, que já foi preso a mando do ministro e teve seu processo arquivadopelo STF por falta de provas.

A presença de executivos da cúpula do BTG mostra o estreitamento de laços entre a instituição financeira e o evento liderado por Gilmar Mendes sob a batuta do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), instituição da qual Gilmar é sócio-fundador. A Light, a Eletrobras e Yduqs serão representadas, respectivamente, pelo CEO, pelo o vice-presidente de regulação e relações institucionais e pela vice-presidente do grupo.

Na edição do ano passado, o BTG ofereceu um ‘happy hour’ fora da agenda oficial do evento para autoridades do Judiciário e Legislativo no luxuoso restaurante SUD Lisboa. Como mostrou o Estadãona época, o coquetel foi disputado entre advogados e lobistas. O local foi pensado para que as autoridades e os empresários tivessem mais privacidade.

Juristas críticos deste tipo de interação entre empresários e magistrados apontam que esse eventos geram acesso desigual entre partes processuais e possíveis conflitos de interesse.

O banco de investimentos é parte em dois processos em tramitação no STF. Em um deles, ainda em tramitação, a instituição não responde diretamente a acusações e figura apenas como intimada em uma reclamação trabalhista do Banco Pan, sob relatoria do ministro André Mendonça, contra decisão que reconheceu vínculo empregatício de uma funcionária terceirizada.

Já o outro processo, encerrado definitivamente na última sexta-feira, 14, tinha valor de causa estimado em R$ 300 mil e houve decisão contra o BTG….

Em nota, o banco afirmou que, ‘como qualquer empresa referência em seu mercado de atuação’, é ‘frequentemente convidado a participar de eventos diversos que abordam temas relevantes para o Brasil e o mundo’. O BTG disse ainda que os assuntos abordados no Fórum ‘são parte da expertise de porta-vozes do Banco’ e adicionou que não é patrocinador do evento, arcando com as despesas de seus executivos sem recebimento de cachê ou outros recursos….”

Fonte: TNH1

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