A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira (14) um programa de apoio financeiro de até € 1,6 bilhão (R$ 10,6 bilhões) para os palestinos.
Em uma mensagem na rede X, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, disse que o programa “ajudará a estabilizar a Cisjordânia e Gaza“.
O programa inclui aproximadamente € 620 milhões (R$ 4,12 bilhões) em doações ao orçamento da Autoridade Palestina e cerca de € 576 milhões (R$ 3,83 bilhões) para projetos econômicos na Cisjordânia e em Gaza. Também inclui empréstimos de cerca de € 400 milhões (R$ 2,65 bilhões) do Banco Europeu de Investimento (BEI).
A UE anunciou ainda o lançamento de uma plataforma de doadores destinada a mobilizar recursos para os palestinos.
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohamed Mustafa, se reunirá com ministros das Relações Exteriores do bloco europeu em Luxemburgo.
“Pedimos governança e bom governo. Isso é de extrema importância porque queremos saber como a Autoridade Palestina governará não apenas a Cisjordânia, mas também Gaza”, disse Kallas nesta segunda-feira.
O anuncio de apoio financeiro da UE ocorre uma semana após o encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, na Casa Branca. No último dia 7, ambos falaram sobre a realocação de palestinos em Gaza para outros países, a despeito da negativa dos residentes do território palestino de sair dali.
Desde 18 de março, após uma trégua de dois meses, Israel retomou sua operação militar e expandiu seu controle sobre o norte da Faixa de Gaza. Equipes do Exército de Tel Aviv aterraram áreas agrícolas e demoliram distritos residenciais inteiros e indústrias para ampliar uma zona de segurança ao redor do território, de acordo com relatório divulgado pela organização israelense Breaking the Silence.
A guerra de Israel em Gaza foi desencadeada em outubro de 2023, quando terroristas do Hamas mataram 1.200 pessoas no sul de Israel e fizeram cerca de 250 reféns, segundo dados israelenses. Desde então, mais de 50 mil palestinos foram mortos na campanha militar israelense, de acordo com autoridades palestinas.