Há alguns anos afastado do cotidiano da política, José Thomaz Nonô não tem mais filiação partidária, nem pretende ter, mas continua sendo bastante procurado para emitir opinião sobre o cenário político.
Nesta semana, numa avaliação sobre o contexto atual e as tratativas para as eleições do próximo ano em Alagoas, ele sentencia, do alto da sua experiência em cargos no Legislativo e no Executivo: Tudo é possível”.
Por “tudo é possível” entenda-se que, nas considerações de Nonô, adversários de hoje podem ser aliados de amanhã, assim como quem hoje integra determinado grupo amanhã pode estar em campo oposto.
Nesse contexto, vê com naturalidade, caso se viabilize, a hipótese de os atualmente opostos Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) concorrerem às duas vagas ao Senado que estarão em disputa em 2026, com o prefeito João Henrique Caldas (PL) pleiteando o governo.
Thomaz Nonô faz uma observação, ao dizer que essa possibilidade passaria por um aval do deputado estadual Marcelo Victor (MDB), presidente da Assembleia Legislativa, por sua relevância na movimentação político-partidária em Alagoas.
A propósito, basta dizer que, além de ter sido diretamente responsável para fazer do ex-deputado Paulo Dantas (MDB) governador de Alagoas, Marcelo Victor foi reeleito pela terceira vez presidente da ALE com apoio de todos os 27 deputados estaduais.
José Thomaz Nonô ingressou no serviço público como Promotor de Justiça, aposentando-se do Ministério Público como Procurador de Justiça, e foi, seguidamente, secretário estadual da Fazenda, deputado federal por seis mandatos, vice-governador de Alagoas e Secretário da Saúde da Prefeitura de Maceió.
Aos 77 anos de idade, garante não ter mais nenhuma pretensão de disputar mandato político.
