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Ucrânia: Lula está disposto a encontrar Zelenski no G7 – 12/06/2025 – Mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está disposto a aceitar a reunião privada solicitada pelo líder da Ucrânia, Volodimir Zelenski, durante a cúpula do G7 no Canadá.

De acordo com pessoas a par do assunto, a confirmação da reunião agora depende da definição de data e hora que atenda à agenda de ambos.

A expectativa é que Lula chegue a Kananaskis, na província canadense de Alberta, na próxima segunda (16). A sessão do G7 com os países convidados ocorre na terça (17), e Lula não deve se prolongar no Canadá para muito além do fim dos trabalhos, no mesmo dia.

O G7 é composto por Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Japão, Itália e Canadá. A União Europeia também participa.

Além do Brasil, a lista de convidados deste ano inclui África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.

Já Zelenski foi convidado pelo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, para uma rodada de discussões do G7 sobre a Guerra da Ucrânia.

Se confirmado o encontro com Zelenski, será a segunda reunião privada entre os dois. A primeira ocorreu às margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, em setembro de 2023, meses depois de um desencontro na cúpula do G7 em Hiroshima (Japão), em maio daquele ano, ter impossibilitado uma reunião.

Na ocasião, os dois presidentes responsabilizaram um ao outro pelo cancelamento de uma conversa que teria sido agendada e não ocorreu. Lula disse que Zelenski “não apareceu”; o ucraniano, depois, afirmou que o brasileiro “não achou tempo” para se reunir com ele.

Auxiliares do petista trabalham com o cenário de algumas reuniões bilaterais no Canadá. Além de um encontro com Carney, o anfitrião, há possibilidades de conversas com o novo premiê da Alemanha, Friedrich Merz, e com autoridades da União Europeia.

Lula assumiu o governo em 2023 com a intenção de tentar se colocar como um possível mediador para o conflito iniciado um ano antes, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.

Nos primeiros meses do mandato, no entanto, declarações vistas como pró-Moscou geraram críticas de países do Ocidente, entre eles os EUA, então sob a gestão Joe Biden. Meses depois, o assessor internacional de Lula, Celso Amorim, costurou com a China uma posição conjunta para uma futura negociação de paz na Ucrânia.

O plano sino-brasileiro foi rechaçado por Zelenski, que em discurso na Assembleia-Geral da ONU, em setembro de 2024, acusou os dois países de viabilizarem indiretamente os avanços de Vladimir Putin.

Zelenski também disse que o Brasil tinha perdido o trem para mediar acordos que acabem com a guerra e que Lula não era mais um ator relevante nos esforços de negociação.

Neste ano, o brasileiro voltou a se engajar no tema. Após participar das celebrações dos 80 anos da vitória russa na Segunda Guerra Mundial, ele pediu a Putin, durante uma ligação, que fosse a Istambul negociar um cessar-fogo. Delegações dos dois lados da disputa se reuniram na Turquia para conversas, mas nem Putin nem Zelenski compareceram.

Na avaliação de aliados de Lula, a mudança do cenário da guerra com a chegada ao poder de Donald Trump nos EUA levou a uma revisão da postura do lado ucraniano.

Segundo esses aliados, diante do risco de redução do apoio americano no conflito, Kiev tenta estreitar laços com países que tenham alguma interlocução com Moscou e que possam, de alguma forma, reforçar o pleito junto a Putin para que negociações avancem.

Fonte: Folha de São Paulo

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