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Ucrânia: Crimeia ficará com a Rússia, afirma Trump à Time – 25/04/2025 – Mundo

O enviado dos EUA para negociações de paz para a Guerra da Ucrânia, Steve Witkoff, reuniu-se nesta sexta-feira (25), em Moscou, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no que Donald Trump descreveu como um momento crucial na diplomacia para encerrar o conflito.

Witkoff emergiu como o principal interlocutor de Washington com Putin enquanto a Casa Branca busca um acordo para encerrar a guerra. Ele já realizou três longas reuniões com o líder do Kremlin.

Um vídeo divulgado pelo Kremlin mostrou Witkoff e Putin apertando as mãos e trocando cordialidades antes de se sentarem em lados opostos de uma mesa oval branca.

Putin estava acompanhado por seu conselheiro de política externa, Yuri Ushakov, e pelo enviado de investimentos, Kirill Dmitriev.

A mais recente visita de Witkoff a Moscou ocorre um dia após Trump criticar um ataque russo com mísseis e drones a Kiev que matou pelo menos 12 pessoas, e publicar nas redes sociais: “Vladimir, PARE!”

Mas Trump também disse que houve progresso significativo nas negociações de paz. “Estes próximos dias serão muito importantes. Reuniões estão acontecendo agora mesmo”, disse Trump aos repórteres na quinta-feira. “Acho que vamos fazer um acordo… Acho que estamos chegando muito perto.”

Nesta sexta (25), a revista Time divulgou uma entrevista com Trumo, na qual ele afirma que “a Crimeia ficará com a Rússia“. A declaração ocorre em meio às discussões sobre incluir a soberania da península — anexada pelos russos em 2014— para ma possível retomada dos diálogos.

“A Crimeia foi entregue a eles por Barack Hussein Obama, não por mim”, disse Trump, ao criticar o ex-presidente democrata pela anexação da península. Ele disse ainda que, se estivesse no poder na época, “não teria acontecido”.

O republicano também argumentou que a Crimeia, onde “a população fala majoritariamente russo”, sempre teve presença militar russa e defendeu que o controle da região está ligado a fatores históricos.

De acordo com o Financial Times, o presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu interromper sua invasão à Ucrânia na linha de frente atual como parte de negociações de paz com Trump, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

Durante uma reunião em São Petersburgo no início deste mês, o presidente da Rússia disse ao enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que Moscou poderia renunciar às suas reivindicações sobre áreas de quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas que permanecem sob controle de Kiev, disseram três informantes ao FT.

Desde então, os EUA teriam proposto ideias para um possível acordo que incluiria o reconhecimento, por parte de Washington, da soberania russa sobre a península da Crimeia e, ao menos, a aceitação do controle de fato exercido pelo Kremlin sobre partes das quatro regiões ucranianas atualmente ocupadas.

A delegação de Kiev, em reunião com aliados em Londres esta semana, reafirmou os princípios em que se baseiam as negociações para o fim da guerra da Rússia na Ucrânia, incluindo o de nunca reconhecer qualquer parte do território ucraniano como russo, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia nesta sexta.

O porta-voz Heorhii Tykhyi afirmou que a delegação ucraniana também descartou a possibilidade de qualquer país vetar as alianças que a Ucrânia pode fazer e que não permitiria a imposição de restrições às suas forças armadas.

O presidente Volodimir Zelenski afirmou na quinta que as negociações entre autoridades ucranianas e ocidentais em Londres um dia antes não foram fáceis, mas sim construtivas. “Nenhum país x tem o direito de vetar as escolhas de alianças e parcerias da Ucrânia”, disse Tykhyi.

A Ucrânia afirmou repetidamente que deseja ingressar na Otan e vê a adesão como uma garantia contra qualquer ação agressiva da Rússia, que invadiu a Ucrânia em 2022.

Moscou afirma que a Ucrânia não deve ingressar na Otan e pediu sua desmilitarização.

Zelenski reiterou esta semana que a Ucrânia não reconheceria a ocupação russa da Crimeia. Ele foi criticado no dia seguinte por Trump, que busca um fim rápido para a guerra na Ucrânia.

Fonte: Folha de São Paulo

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