O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (19) que irá divulgar documentos confidenciais nos próximos dias relacionados aos assassinatos do presidente dos EUA John F. Kennedy, do senador Robert Kennedy e do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr.
Trump, que retorna à Casa Branca nesta segunda-feira (20) para um segundo mandato, prometeu durante a campanha liberar arquivos confidenciais de inteligência e de agências de segurança relacionados ao assassinato em 1963 de JFK, como o 35º presidente americano é amplamente conhecido.
Trump fez uma promessa semelhante durante seu mandato de 2017 a 2021, e de fato liberou documentos relacionados ao assassinato de JFK. Mas cedeu à pressão da CIA, a agência de inteligência americana, e do FBI, a polícia federal, e manteve uma parte significativa dos documentos em sigilo, citando preocupações com a segurança nacional.
“Nos próximos dias, vamos tornar públicos os registros restantes relacionados aos assassinatos do presidente John F. Kennedy, de seu irmão Robert Kennedy, assim como do Dr. Martin Luther King Jr. e outros assuntos de grande interesse público”, disse Trump em um comício no centro de Washington, no dia anterior à sua posse.
Trump não especificou quais documentos seriam divulgados e não prometeu uma desclassificação geral. King e Robert Kennedy foram ambos assassinados em 1968.
O assassinato de JFK, em particular, é uma fonte de fascínio duradouro nos Estados Unidos. O assassinato foi atribuído a um único atirador, Lee Harvey Oswald, e o Departamento de Justiça e outros órgãos federais reafirmaram essa conclusão ao longo das décadas seguintes. Mas pesquisas mostram que muitos americanos acreditam que sua morte foi resultado de uma conspiração.
Robert F. Kennedy Jr., designado secretário de Saúde de Trump, é filho de Robert Kennedy e sobrinho de JFK. Ele diz acreditar que a CIA esteve envolvida na morte de seu tio, uma alegação que a agência descreve como sem fundamento.
Kennedy Jr. também afirma acreditar que seu pai foi morto por vários atiradores, uma afirmação que contradiz os relatos oficiais.