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Trump ordena fim de ‘ideologia transgênero’ no Exército – 28/01/2025 – Mundo

O presidente americano, Donald Trump, assinou um decreto para proibir o que chamou de “ideologia transgênero” no Exército dos Estados Unidos a bordo do avião presidencial Air Force One nesta segunda-feira (27).

Na mesma ocasião, pediu em um documento a construção de uma versão americana do “Domo de Ferro” israelense, um potente sistema antimísseis.

“Para garantir que vamos ter a força de combate mais letal do mundo, eliminaremos a ideologia transgênero de nossas Forças Armadas”, afirmou o presidente horas antes de embarcar no voo, em Miami, diante de congressistas republicanos.

No decreto desta segunda, Trump afirma que as Forças Armadas “têm sido afligidas com uma ideologia de gênero radical para apaziguar ativistas” e que “muitas condições de saúde mental e física são incompatíveis com o serviço ativo”.

A decisão presidencial diz ainda que “a adoção de uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de um indivíduo entra em conflito com o comprometimento de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, inclusive em sua vida pessoal”.

“A afirmação de um homem de que é uma mulher e sua exigência de que outros honrem esta falsidade não são consistentes com a humildade e a abnegação exigidas de um militar”, afirma o texto.

O republicano já tinha prometido restringir os direitos das pessoas transgênero nos EUA em sua campanha presidencial. Advertiu, em particular, que encerraria “a partir do primeiro dia” o que chamou de “delírio transgênero”.

Em 2018, durante o seu primeiro mandato, ele assinou um memorando que impedia que indivíduos transgêneros com históricos de disforia de gênero, isto é, que pudessem “requerer tratamento médico substancial, incluindo medicamentos ou cirurgia”, deveriam ser desqualificados dos serviço militar “exceto em determinadas circunstâncias”.

O recrutamento de pessoas transgênero para as forças já tinha sido proibida em 2016, durante o governo do democrata Barack Obama.

O número de pessoas transgênero no serviço militar americano é relativamente baixo: cerca de 15 mil de um total de 2 milhões, ou menos de 0,8%. A prevalência de transgêneros na população total é ainda menor do que isso. De acordo com um estudo de 2022 do Instituto Williams, da Universidade da Califórnia, aproximadamente 1,6 milhão de pessoas maiores de 13 anos se identificam como transgênero no país, ou 0,6% dos habitantes.

No dia de sua posse, no início do mês, Trump prometeu varrer as políticas em favor das pessoas transgênero e afirmou que os EUA apenas reconheceriam “dois sexos, masculino e feminino”, definidos ao nascer.

“Esses sexos não são modificáveis e estão ancorados em uma realidade incontestável“, dizia um decreto que ele publicou naquele mesmo dia.

Ainda durante a sua inauguração, o presidente afirmou que “evitará a doutrinação” dos soldados americanos “por ideologias de extrema esquerda, como a teoria crítica da raça”. Conservadores usam esse conceito de forma pejorativa para denunciar o ensino da sensibilização contra o racismo.

O republicano ainda assinou ordens para o retorno ao serviço dos militares que foram dispensados por se recusarem a receber a vacina contra a Covid-19.

Na sexta-feira (24), o Senado dos EUA aprovou por uma margem mínima, com voto de desempate do vice-presidente J.D. Vance, a indicação de Pete Hegseth para o cargo de secretário de Defesa.

Ao assumir formalmente o cargo na segunda, o ex-apresentador da Fox News disse aos jornalistas que sua pasta implementará as decisões presidenciais “sem demora e sem exceção”.

Fonte: Folha de São Paulo

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