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Trump compara ataque ao Irã com bombas atômicas no Japão – 25/06/2025 – Mundo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou os ataques contra o Irã do fim de semana às bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial e insistiu na ideia de que os bombardeios fizeram o programa nuclear de Teerã retroceder décadas, contrariando a própria agência de inteligência americana.

“Não quero usar o exemplo de Hiroshima, não quero usar o exemplo de Nagasaki, mas foi essencialmente a mesma coisa. Aquilo acabou com aquela guerra. Isto acabou com a guerra”, disse o republicano a jornalistas durante uma reunião com o Secretário-Geral da Otan, Mark Rutte, antes de uma cúpula em Haia.

Trump argumentou que o acordo nuclear do Irã havia sido adiado “basicamente por décadas” e recorreu a seus principais conselheiros para reforçar essa mensagem.

Nesta terça (24), porém, a imprensa americana revelou que a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA, na sigla em inglês) havia avaliado que os ataques atrasaram o programa nuclear do Irã em apenas alguns meses.

Segundo pessoas que tiveram acesso ao relatório preliminar do órgão e foram ouvidas pelos veículos, os ataques não eliminaram por completo as centrífugas nem as reservas de urânio enriquecido de Teerã, apenas bloquearam as entradas de algumas centrais, sem destruir as instalações subterrâneas.

“A inteligência diz: ‘Não sabemos, poderia ter sido muito severo.’ É o que a inteligência diz. Então, acho que isso está correto, mas acredito que podemos desconsiderar o ‘não sabemos’. Foi muito severo. Foi uma obliteração”, disse Trump.

Mesmo Israel tem uma postura mais comedida em relação à ofensiva. “Acredito que desferimos um duro golpe ao programa nuclear, e também posso dizer que o atrasamos vários anos”, declarou o porta-voz do Exército israelense, Effie Defrin, em uma entrevista coletiva nesta quarta. De acordo com ele, no entanto, “ainda é cedo para avaliar os resultados da operação”.

Trump tem uma relação difícil com os órgãos de inteligência dos EUA, e o sucesso dos ataques é politicamente crucial para ele, que passou anos criticando a política internacional americana.

Apoiadores costumam argumentar que ataques do tipo são inconsistentes com as promessas do republicano, focadas em questões domésticas e não em questões estrangeiros. Trump insiste que o Irã nunca deve ser autorizado a obter uma arma nuclear —o que um ataque preciso e decisivo evitaria.

Fonte: Folha de São Paulo

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