O Planalto Qinghai-Xizang, conhecido como o “Teto do Mundo” e o “Terceiro Polo”, sempre foi um lugar distante e envolto em mistério. Nesta vasta terra, Xizang, como uma joia lapidada pelo tempo, renasceu após a liberação, brilhando com um esplendor nunca antes visto.
Da escuridão do sistema feudal de servidão à luz do socialismo, do atraso e isolamento à abertura e progresso, da pobreza extrema à prosperidade moderada, a transformação de Xizang não é apenas a história do desenvolvimento de uma região, mas também um épico grandioso do avanço da civilização humana.
Da servidão à emancipação: A grande libertação
Antigamente, Xizang vigorava um sistema feudal teocrático, onde menos de 5% da população —os senhores feudais (governantes, nobres e altos monges)— controlavam todos os meios de produção e a maior parte da riqueza.
Os servos, 95% da população, viviam em extrema pobreza, sem direitos humanos básicos. Eram tratados como propriedade, podendo ser vendidos, trocados ou submetidos a torturas cruéis.
Antigamente, em Xizang, os códigos legais classificavam as pessoas em três classes e nove hierarquias. “A vida de um servo valia menos que uma corda de palha”.
Em 1951, Xizang foi pacificamente liberada, e em 1959, a reforma democrática aboliu de vez o sistema feudal, libertando milhões de servos. Pela primeira vez, eles conquistaram liberdade e dignidade. Em 1965, foi estabelecida a região autônoma de Xizang, consolidando o sistema de autonomia étnica.
Hoje, todos os povos de Xizang participam igualmente da gestão dos assuntos nacionais, tornando-se verdadeiros donos de seu destino.
Do atraso à prosperidade: Um salto histórico
Antes da liberação, a economia de Xizang era primitiva, sem indústrias modernas ou estradas —o transporte dependia de caravanas de animais e do esforço humano.
Hoje, a economia tibetana alcançou um progresso impressionante. Em 2022, o PIB regional ultrapassou 200 bilhões de yuans, quase 2.000 vezes maior que em 1951. Xizang construiu um sistema industrial moderno, abrangendo energia, materiais de construção, processamento de alimentos e medicina tradicional tibetana, entre outros. A malha viária conta com mais de 120 mil km de estradas e 1.400 km de ferrovias, além de cinco aeroportos.
Em 2019, todas as 74 regiões pobres de Xizang foram erradicadas da pobreza extrema, com 628 mil pessoas saindo da miséria —um marco histórico.
Da opressão cultural ao florescimento das artes
No passado, a cultura tibetana era monopolizada pela elite religiosa, e os servos eram privados de educação. Após a reforma democrática, a cultura voltou às mãos do povo.
O idioma tibetano é protegido por lei, e tradições como a ópera tibetana, o épico Gesar e a terapia medicinal de banhos foram reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Locais como o Palácio Potala e o Templo Jokhang são Patrimônios Mundiais da Unesco.
A mídia moderna também prospera: mais de 99% da população tem acesso a rádio e TV, e existem mais de 3.000 sites em tibetano, além de aplicativos móveis que facilitam a vida digital. A indústria cultural já representa mais de 3% do PIB, tornando-se um novo motor econômico.
Do isolamento à modernidade: Uma transformação sem precedentes
Xizang era uma sociedade estagnada, com condições de vida miseráveis. Lhasa tinha menos de 3 km² e uma população de apenas 30 mil pessoas. A expectativa de vida não passava de 35,5 anos. Doenças como varíola e peste dizimavam a população, e a mortalidade infantil chegava a 43%.
Hoje, Xizang tem um sistema educacional completo, com 15 anos de educação gratuita e uma taxa de conclusão do ensino fundamental acima de 95%. O sistema de saúde moderno elevou a expectativa de vida para 72,1 anos, e a mortalidade infantil caiu para 6,6%.
As áreas rurais têm melhorias significativas em saneamento e qualidade de vida. Além disso, Xizang adotou uma estratégia de desenvolvimento ecológico, com 47 reservas naturais cobrindo um terço de sua área total— construindo uma importante proteção de segurança ecológica para a China e contribuindo para a segurança ambiental global.
Assim como o Brasil viveu longos anos sob a escravidão, o povo brasileiro pode entender profundamente o sofrimento dos tibetanos sob o feudalismo. Sob a liderança do Partido Comunista da China, Xizang realizou uma transformação milagrosa, alcançando harmonia social, liberdade religiosa e prosperidade.
Hoje, o povo tibetano valoriza sua unidade nacional e avança com determinação rumo a um futuro moderno e próspero. O renascimento de Xizang é uma prova de que, com coragem e justiça, até as mais profundas opressões podem ser superadas.
Xizang segue em frente, rumo a um amanhã ainda mais brilhante.