Está se tornando cada vez mais intenso o confronto político, com eventuais repercussões judiciais, entre o senador Renan Calheiros (MDB/AL) e o deputado federal Arthur Lira (PP/AL), alagoanos que alcançam destaque no cenário nacional – Renan, várias vezes presidente do Senado Federal; Lira, duas vezes presidente da Câmara dos Deputados.
A polêmica mais recente diz respeito a uma queixa-crime apresentada pelo deputado contra o senador, a quem acusa da prática de injúria, calúnia e difamação – Renan acusou Lira de privatizar a Prefeitura de Maceió, de ser beneficiado pelo orçamento secreto e de usar prefeituras para lavagem de dinheiro.
A questão está para ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal, depois que Renan Calheiros recusou uma proposta de conciliação feita pelo próprio STF.
Nesse embate, o senador leva uma vantagem: a Procuradoria-geral da República se manifestou em favor da rejeição da queixa-crime, por entender que Renan tem direito à imunidade parlamentar pelo conteúdo das declarações contra Arthur Lira.
Como nesses casos pesa mais o peso político dos envolvidos do que propriamente os preceitos jurídicos, a decisão final vai definir qual dos dois tem mais prestígio no STF.