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Presidente do Inep rebateu críticas ao Enem: “não demoniza o agronegócio”

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, rebateu uma série de críticas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, em audiência da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8).

A convocação dele foi apresentada por deputados da oposição e da bancada do agronegócio, que pediu a suspensão de três questões do Enem, sendo uma delas por associar o agronegócio à violência no campo e ao avanço do desmatamento.

Sobre as críticas ao agronegócio, Palácios negou qualquer “demonização” ao setor. “O Enem não demoniza o agronegócio, o Inep não demoniza o agronegócio, isso é obvio, não é tema relevante nessa discussão”, disse.

O representante do Inep também informou que a seleção dos textos de apoio, nos enunciados do Enem, “obedece a critérios técnicos rigorosos” e negou qualquer “viés ideológico”. Segundo Palácios, o objetivo das questões é apenas “revelar a compreensão do texto citado” por parte do aluno.

Ele também afirmou que os itens da prova são elaborados por professores da educação básica e universitários selecionados por meio de chamada pública. O edital que selecionou os elaboradores para o Enem 2023 foi feito em 2020, durante o governo Bolsonaro.

“Nós estamos falando de professores que foram selecionados em 2020 e que estão exercendo essa atividade até hoje. Se há algum tipo de seleção enviesada, ela vem sendo enviesada há muito tempo”, disse Palácios.

Acerca do tema da redação, que questionou os desafios das mulheres, o presidente do INEP disse que “racismo é crime e feminismo não é doutrina”. “Não me parecem que sejam doutrinários itens que coloquem em evidência questões relativas à discriminação racial ou contra a mulher”, mencionou.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também será convocado para esclarecer às críticas sobre o Enem, em uma audiência pública conjunta das comissões de Educação; de Fiscalização Financeira e Controle; e de Agriculgura, no próximo dia 22.

Fonte: Gazeta do Povo

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