O inquérito policial que investigou a morte de Ronael Lopes da Silva, 21 anos, que teve o corpo encontrado concretado em cova rasa, em junho do ano passado, no bairro do Benedito Bentes, foi finalizado pela Polícia Civil alagoana nesta sexta-feira (30).
De acordo com o delegado Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi identificado que um dos projéteis encontrados no corpo foi deflagrado por uma arma de fogo apreendida sob a posse de um suspeito que realizava crimes na região.
Após o exame pericial de microcomparação balística, foi comprovado que o jovem foi assassinado por essa mesma arma. “Após quase um ano de investigação, a DHPP concluiu o inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte de Ronael […] A delegacia envia à Justiça, pedindo a prisão preventiva deste criminoso”, disse o delegado.
A prisão preventiva do suspeito foi solicitada ao Poder Judiciário alagoano e o homem pode responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O corpo de Ronael foi localizado no Conjunto Aprígio Vilela. As evidências mostraram que ele estava com rosto dilacerado e estaria enterrado naquele local há três dias.
Tio encontrou corpo e achou que era de animal
O último contato dos familiares com a vítima aconteceu cerca de 72 horas antes do achado do cadáver. Após notar o desaparecimento do jovem, o tio saiu para procurá-lo em uma região de mata, nas proximidades de onde Ronael morava.
Durante as buscas, o familiar encontrou uma área que havia sido concretada recentemente. Ao chegar mais perto desse local, o tio percebeu que havia uma parte do corpo do jovem do lado de fora da cova. Aos policiais, ele disse que, a princípio, achou que a parte do corpo exposta era de um animal e que só conseguiu reconhecer o braço do sobrinho por causa de uma tatuagem que ele tinha.