O cerco que Donald Trump promove contra o ensino superior nos Estados Unidos ganhou novos contornos na semana passada, com a Universidade Harvard batendo de frente com a gestão republicana. O reitor Alan Graber disse que a instituição não vai abrir mão da independência e que as exigências do governo estão fora das atribuições do poder federal.
Harvard teve repasses congelados e viu o presidente ameaçar o fim da isenção fiscal, entre outras retaliações. O gesto de Graber de não acatar demandas trumpistas levou a reitora interina de Columbia —universidade que cedeu às exigências do governo, sendo criticada por isso— sinalizou uma mudança de tom.
Trump diz que a ação visa combater o que ele vê como doutrinação e antissemitismo —que teriam os protestos pró-Palestina em algumas universidades como reflexo e seriam uma ameaça à política externa do país. A pressão extrapola o aspecto financeiro e inclui prisões de estudantes e ativistas, com ameaças de deportação.
O Café da Manhã desta segunda-feira (21) analisa o cerco do governo Trump às universidades dos EUA. O jornalista Diogo Bercito, que faz doutorado em história na Universidade Georgetown, em Washington, explica por que o meio acadêmico está sob a mira do presidente americano, conta como a pressão é percebida no dia a dia e discute as consequências dos cortes de repasses e das prisões de estudantes.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelo jornalista Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz, Laura Lewer e Maurício Meireles. A edição de som é de Raphael Concli.