A Polícia Federal (PF) realiza uma operação para desarticular um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo agentes públicos e particulares em cidades de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 25.
Ao todo, estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão, sendo cinco na capital, três na região metropolitana e um em Praia Grande, no litoral paulista. As ordens foram expedidas pelo Poder Judiciário paulista.
Batizada de Operação Augusta, a ação é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo e conta com o apoio da Polícia Militar, bem como da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Segundo a PF, os investigados atuavam para favorecer pessoas envolvidas em inquéritos criminais após o pagamento de propinas. Entre os crimes apurados estão o arquivamento irregular de procedimentos policiais, o repasse clandestino de informações protegidas por sigilo, a intermediação ilícita e a apresentação de documentos falsos para a restituição de bens apreendidos.
Um dos casos envolve a tentativa de restituição de um helicóptero, o que deu início à investigação. A aeronave de luxo foi bloqueada pela Justiça junto a outros bens, que somam cerca de R$ 12 milhões.
Os investigados podem responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e exercício ilegal de advocacia administrativa. As investigações continuam e estão sob sigilo.
A Operação Augusta recebeu esse nome devido à marca do helicóptero, empresa italiana que leva o mesmo nome.
A ação é um desdobramento da Operação Tacitus, que investiga o envolvimento de policiais com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação partiu do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC, inclusive o assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto de Guarulhos no dia 8 de novembro de 2024.