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HomeMundoPalestinos denunciam ataque a 'zona segura'; Israel nega - 13/06/2024 - Mundo

Palestinos denunciam ataque a ‘zona segura’; Israel nega – 13/06/2024 – Mundo

Moradores de Gaza afirmaram que Israel atacou nesta quinta-feira (13) Al-Mawasi, região costeira do território palestino lotada de refugiados e designada como “zona segura” por Tel Aviv.

O Exército israelense negou, em comunicado, que tenha atingido a área, que fica a oeste da cidade de Rafah, ou lugares próximos a ela. Segundo as forças, as operações desta quinta visavam eliminar as últimas unidades de combate do Hamas que restariam na cidade do sul de Gaza e foram conduzidas com base em informações de inteligência.

Na fronteira com o Egito, Rafah serviu por meses como refúgio para mais de 1 milhão de habitantes, mas foi cercada por Israel nas últimas semanas. A maioria dos palestinos que tinham fugido para lá se mudou para Khan Yunis, ao norte de Rafah, ou para os arredores de Deir Al-Balah, no centro de Gaza.

Aqueles que permaneceram na área afirmaram que a madrugada desta quinta foi uma das piores em termos de bombardeios e relataram ataques aéreos, terrestres e marítimos.

Na quarta-feira (12), o Exército de Israel tinha informado que conduziu uma ofensiva aérea e atingiu 45 alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo estruturas militares, células terroristas, lançadores de foguetes e acessos a túneis. Suas tropas nos arredores de Rafah teriam localizado armamentos e matado homens armados em combates corpo a corpo.

Os ataques se dão um dia depois de o Conselho de Direitos Humanos da ONU publicar um relatório que acusa tanto Israel quanto o Hamas de terem cometido crimes de guerra durante o conflito. O documento afirma que, enquanto os terroristas atacaram, sequestraram e torturaram civis israelenses, o Exército de Tel Aviv obrigou 1,7 milhão a se deslocarem e usou a fome como arma de guerra.

A ofensiva também ocorre em meio à renovação das tentativas para negociar um cessar-fogo, num esforço capitaneado pelos Estados Unidos. Na terça-feira (11), mediadores do Qatar e do Egito confirmaram o recebimento de uma resposta formal do Hamas ao plano americano, mas um dos negociadores disse à agência AFP que a facção terrorista havia exigido mudanças.

Na quarta-feira, Osama Hamdan, um dos porta-vozes do Hamas, negou que a facção tenha sugerido transformações no plano. Ele ainda acusou Tel Aviv e Washington de “fugirem de qualquer compromisso” para estabelecer uma trégua permanente na faixa.

Em novo giro pelo Oriente Médio —o oitavo desde o início da guerra em Gaza—, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, confirmou que há dificuldades para os diálogos avançarem.

O assunto também foi discutido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, com outros líderes mundiais nesta quinta, durante a cúpula do G7, na Itália. “Apresentei uma proposta que foi respaldada pelo Conselho de Segurança, pelo G7 e pelos israelenses. O maior obstáculo até agora é o Hamas, que se recusa a assinar [o acordo]”, disse o presidente americano.

Fonte: Folha de São Paulo

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