A convenção nacional do PSDB decidiu, como já se esperava, pela incorporação da legenda com o Podemos, e na próxima semana lideranças dos dois partidos se reúnem para consolidar a união.
Dos 201 delegados presentes à convenção tucana, apenas dois votaram pela rejeição e outros dois se abstiveram, o que demonstra claramente a vontade de ser firmada a “incorporação com características de fusão”, como a definem alguns integrantes da legenda.
A expectativa é que o nome dos partidos incorporados seja “PSDB+Podemos”, como defende o deputado federal Aécio Neves: “Quero manter o nome PSDB vivo ainda”, alega ele.
O PSDB alcançou o seu apogeu quando Fernando Henrique Cardoso ocupou por dois mandatos a Presidência da República e o partido firmou espaço em todo o território nacional, revelando grandes lideranças e reafirmando outras.
Em Alagoas, esse papel de líder maior coube a Teotonio Vilela Filho, senador por 20 anos e governador por duas gestões, chegando nesse período a presidir o partido, em nível nacional, e a ser vice-presidente do Senado.
Téo Vilela somente não conseguiu ser um pouco mais, representando o PSDB, porque em 1992 foi derrotado por Ronaldo Lessa na disputa pela Prefeitura de Maceió.
Cabe a um sobrinho seu, Pedro Vilela, presidente regional em Alagoas, a missão de fechar o caixão tucano no Estado, encerrando de forma melancólica a trajetória de um partido que chegou à inglória situação de no momento não ter nenhum representante na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e nem no Senado Federal.
Em terras caetés, Manoel Tenório, prefeito de Quebrangulo, é o único filiado do PSDB a exercer um mandato de relevância.
Triste fim para uma geração que sonhou em dar ao Brasil uma opção partidária diferente, sem os vícios do populismo tão comum da política no nosso país.
