Com 44 votos contra e 22 a favor em sessão, ontem (29), na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, foi rejeitado o recurso do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) para interromper o processo de sua cassação.
A preservação do mandato do parlamentar do Rio de Janeiro agora vai ser decidida no plenário da Câmara, pelos 513 deputados, sendo necessário para sua cassação maioria absoluta – os votos de 257 deputados.
Glauber Braga é acusado da falta de decoro: ele retirou um militante do MVB aos empurrões de dentro do prédio da Câmara e deu um chute nele. A cena foi gravada e, por conta do episódio, foi oferecida uma representação ao Conselho de Ética.
Caso ele perca o mandato, assumirá sua primeira suplente, Heloísa Helena (Rede Sustentabilidade), que exerceu diversos mandatos em Alagoas e transferiu seu domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro, por onde concorreu à Câmara dos Deputados.
O inusitado é que, apesar de ser beneficiada caso Glauber Braga seja cassado, Heloísa Helena considera a punição absurda, como declarou à “Folha de São Paulo”:
“Glauber tem minha total e irrestrita solidariedade. É um processo escandaloso de dosimetria completamente desproporcional. Glauber é um homem honrado, tem meu apoio incondicional.”
A admiração de Heloísa por Glauber existe, mas caso ele seja realmente cassado caberá a ela assumir a sua vaga na Câmara; se não, o terceiro suplente da coligação será convocado.
Está estabelecido um dilema para a nossa conterrânea…