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Mulher perde a visão após 13 ‘estrelinhas’ seguidas na praia e descobre lesão irreversível na retina

Desde criança, Cobb era entusiasta da ginástica e sempre fazia estrelas quando via um espaço livre. Ao chegar à praia, repetiu o hábito. No entanto, não imaginava que aquilo que tanto amava poderia ter uma consequência tão drástica.

— Fiz 13 seguidas e depois caí na gargalhada. Minha amiga correu para me ajudar, também rindo. Tonta, notei algo estranho: não conseguia ver o rosto dela. Era uma mancha laranja. Minha visão periférica parecia normal, mas, ao focar diretamente, não via nenhum detalhe. Balancei a cabeça, mas a sensação não sumia — relatou.

Os primeiros sinais

Apesar do ocorrido, Deborah não deu muita atenção e continuou aproveitando a praia. Chegou até a brincar com os amigos dizendo que talvez precisasse fazer 13 estrelas na direção contrária para “reorganizar o cérebro”.

— Deitei sobre uma toalha e ficamos na praia por mais uma hora, mas minha visão não melhorava. Fiquei um pouco preocupada, mas tentei manter a calma. Não sentia dor e disse aos meus amigos para não se preocuparem — contou.

A preocupação aumentou quando, horas depois, caminhando com os amigos, não conseguia ler nem os sinais mais simples. A mesma mancha laranja reaparecia e embaçava sua visão sempre que tentava focar.

Em casa, contou à mãe o que estava acontecendo. Preocupada, a mãe alertou que, se a visão não melhorasse, iriam ao hospital. Mesmo assim, Deborah acreditou que descansar resolveria. No dia seguinte, porém, tudo piorou.

O diagnóstico

Ao amanhecer, seu padrasto notou que ela tinha dificuldades até para realizar tarefas básicas e a levou às pressas ao hospital.

— Após examinarem meus olhos, os médicos diagnosticaram um dano solar nas retinas, que poderia levar algumas semanas para cicatrizar. Foi angustiante, especialmente com as provas finais se aproximando — disse.

Inicialmente, achou que o problema era temporário, mas ao consultar uma oftalmologista descobriu algo mais sério: vasos sanguíneos rompidos na mácula — a parte central da retina, responsável pela visão detalhada.

— A quantidade de sangue era pequena, como uma gota de tinta, mas o suficiente para bloquear minha visão central. A médica disse que poderia levar até três meses para recuperar a visão, com sorte. Eu estava legalmente cega. Não podia dirigir, estudar ou ver TV. Estava devastada.

Recuperação e consequências permanentes

Apesar da esperança de recuperação, Deborah ficou profundamente abalada por depender de outras pessoas até para atividades simples, como cozinhar ou enviar mensagens. Mesmo com o apoio de amigos, ela se isolou do mundo, incapaz de aproveitar até a natureza.

— Demorou muito, mas o sangue foi sendo reabsorvido e minha visão começou a melhorar. Três meses depois, recuperei a visão central. Ainda assim, a experiência deixou marcas profundas — disse.

Embora tenha voltado a enxergar, o episódio desencadeou uma degeneração macular precoce — condição que, agora aos 42 anos, afeta sua visão como se tivesse 80.

Fonte: TNH1

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