O presidente da Argentina, Javier Milei, disse ao Parlamento israelense nesta quarta-feira (11) que seu governo efetuará a transferência da embaixada argentina de Tel Aviv para Jerusalém em 2026 —o mandatário já havia anunciado o plano em fevereiro de 2024.
Junto do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e diante do Knesset, o Parlamento de Israel, Milei disse estar orgulhoso de poder anunciar a mudança —esta é a segunda viagem oficial a Israel do presidente argentino. Apenas Estados Unidos, Paraguai, Guatemala, Honduras, Kosovo e Papua-Nova Guiné têm embaixadas em Jerusalém, o que contrasta com o consenso internacional.
O status de Jerusalém é uma das questões mais sensíveis no conflito entre israelenses e palestinos. Israel conquistou o território de Jerusalém Oriental durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967 e anexou a cidade em 1980 —um ato nunca reconhecido pela comunidade internacional, que trata o status quo como uma ocupação.
A maioria das embaixadas estrangeiras está localizada em Tel Aviv justamente para não interferir no resultado das negociações entre israelenses e palestinos sobre o status final da cidade, especialmente neste momento, com a atual retomada da guerra entre Israel e o Hamas.
A disputa sobre Jerusalém e a presença de embaixadas estrangeiras foi reacendida em dezembro de 2017, quando o presidente Donald Trump rompeu com décadas de consenso internacional ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel, causando grande indignação entre os palestinos e na comunidade internacional.
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