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Menina de 12 anos morre de câncer raro após sinal aparecer durante escovação dos dentes

O que parecia uma noite comum de rotina familiar virou o início de uma jornada devastadora para Ben e Aby Phelps. Enquanto a filha Beth, de 12 anos, escovava os dentes antes de dormir, o casal percebeu algo estranho: um caroço saliente no ombro da menina, visível por baixo da blusa. Preocupados, levaram a filha ao médico — e dias depois, o diagnóstico que mudou tudo: sarcoma de Ewing, um tipo raro e agressivo de câncer que atinge os ossos e tecidos ao redor.

Beth era uma menina saudável, ativa e cheia de vida, moradora da ilha de Jersey, no Reino Unido. A confirmação do tumor de 7 cm no pulmão esquerdo foi feita pelo Hospital Geral de Jersey. Em questão de dias, a família mergulhou em um ciclo de exames, internações e tratamentos dolorosos.

Tratamento e esperança

No Natal de 2020, Beth começou sua primeira de quatro rodadas de quimioterapia. Em maio de 2021, ela passou por uma cirurgia delicada no Hospital de Stanmore, em Londres, que removeu o tumor — e também toda a escápula esquerda. Depois disso, enfrentou mais três ciclos de quimioterapia no Hospital Geral de Southampton e seis semanas de radioterapia no Hospital Universitário de Londres.

“Foi uma agonia assistir à nossa filha passar por tudo aquilo. Nada te prepara para ver alguém tão jovem enfrentar tantos procedimentos invasivos”, desabafa o pai, Ben Phelps, de 48 anos. “Mas Beth lidou com tudo com uma coragem que nos deixou sem palavras. Mesmo com medo de agulhas, ela enfrentou cada etapa com uma força impressionante.”

Em setembro de 2021, após nove meses intensos de tratamento, Beth teve alta. Ela voltou para casa, onde pôde retomar parte de sua rotina e reencontrar os amigos.

A recaída e a despedida

Porém, a alegria da recuperação durou pouco. Em junho de 2022, Beth começou a reclamar de dores no ombro direito. Um novo raio-X revelou a pior notícia: o câncer havia voltado, agora no outro lado do corpo. A doença progrediu rapidamente, e Beth faleceu em 3 de outubro de 2022.

“Quando soubemos da recidiva, ficamos devastados. Foi como reviver o pesadelo. Sentimos que tudo pelo qual ela tinha passado havia sido em vão”, conta o pai.

Transformando a dor em ação

Para honrar a memória da filha e ajudar outras famílias a enfrentarem o câncer ósseo, Ben Phelps decidiu transformar a dor em ação. Ele está pedalando de Land’s End, no extremo sudoeste da Inglaterra, até John O’Groats, no norte da Escócia — um trajeto de mais de mil quilômetros — para arrecadar fundos para o Bone Cancer Research Trust (BCRT), instituição que financia pesquisas sobre o sarcoma de Ewing e outros tumores ósseos raros.

“Nunca tínhamos ouvido falar sobre esse tipo de câncer até o diagnóstico da Beth. Hoje, faço tudo o que posso para apoiar pesquisas que possam salvar outras crianças. Beth foi e sempre será minha luz e minha inspiração. Essa jornada é difícil, mas não chega perto do que ela passou.”

Um alerta para as famílias

O caso de Beth mostra como o câncer pode surgir silenciosamente e de forma inesperada na infância. A família notou o nódulo em dezembro de 2020, sem que a menina apresentasse sintomas anteriores. O diagnóstico precoce e o acesso rápido ao tratamento foram fundamentais para dar a Beth mais tempo — embora, tragicamente, não tenham sido suficientes para salvá-la.

“Sentimos saudade dela todos os dias”, diz Ben. “Mas estamos determinados a fazer a diferença para que outras famílias não passem pela mesma dor que enfrentamos.”

A campanha de arrecadação em homenagem a Beth segue ativa e pode ser acompanhada pelas redes sociais da BCRT. A cada pedalada, o pai leva consigo o amor por sua filha e o desejo de que nenhuma criança tenha sua vida interrompida tão cedo por uma doença tão cruel.

Fonte: TNH1

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