Um manifestante que foi baleado no sábado (14) durante ataque a tiros no estado americano de Utah, durante protesto contra Donald Trump, morreu, de acordo com a polícia local.
Arthur Folasa Ah Loo, 39, foi ferido a bala em Salt Lake City por volta das 20h de sábado (23h em Brasília), durante uma das centenas de manifestações que ocorreram nos Estados Unidos em um movimento que tem ficado conhecido como “No Kings” (sem reis), para rejeitar as políticas de Trump. O protesto na capital de Utah reuniu cerca de 10 mil pessoas.
Loo foi atingido por um dos três disparos efetuados por outro manifestante contra um jovem de 24 anos que sacou um rifle AR-15 no meio do protesto, informou a polícia local rede social X.
A polícia afirmou que o homem que portava o AR-15, identificado como Arturo Gamboa, foi “preso e encarcerado acusado de assassinato”, embora as acusações ainda sejam preliminares e precisem ser confirmadas pela Promotoria.
O chefe de polícia de Salt Lake City, Brian Redd, afirmou em entrevista coletiva que Gamboa não disparou sua arma. Os protestos estavam ocorrendo de maneira pacífica até o momento do tiroteio, segundo Redd.
O homem que atacou Gamboa usava um colete neon e aparentemente estava era aos organizadores do protesto. Ele não foi acusado e está cooperando com a polícia, disse Redd.
Gamboa não possuía antecedentes criminais, segundo o chefe de polícia, que afirmou que os investigadores ainda estão na fase inicial da apuração para determinar seus possíveis motivos.
Outras duas pessoas também foram detidas, disse Redd. Ainda é cedo para determinar se o tiroteio teve motivação política, segundo ele.
Os disparos durante o protesto de sábado causaram pânico entre a multidão em Salt Lake City e ocorreram poucas horas após uma deputada estadual de Minnesota ter sido assassinada em sua casa, em um crime que aparentemente teve motivação política.
A prefeita da cidade, Erin Mendenhall, afirmou que “este ato de violência não define” Salt Lake City, um reduto democrata no estado republicano de Utah.
“O objetivo da manifestação de hoje [sábado] era uma expressão poderosa e pacífica até este acontecimento, e isso não pode ser ofuscado ou silenciado por um único ato destinado a causar dano”, disse.
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas no sábado em várias cidades dos EUA para protestar contra as políticas de Trump. Foi a maior mobilização desde que o magnata republicano retornou à Presidência em janeiro.