Segundo sauditas como Al Arabiya, a visita de Lula a Mohammed bin Salman (MbS) em Riad neste início de semana deve tratar de investimentos. O mesmo está previsto para o Qatar, em seguida.
Mas a guerra está na agenda, como indicou o Arab News ao reportar a conversa preparatória dos chanceleres de Brasil e Arábia Saudita.
No Gulf News, dos Emirados, terceira parada do brasileiro, ainda ecoa a cúpula Brics sobre a guerra (acima). Ela contou não só com os atuais cinco membros, caso de Lula, mas com os seis países convidados para o bloco, inclusive Mohamed bin Zayed (MbZ), dos Emirados, e MbS —defendendo cessar-fogo e Estado palestino.
Como mostraram Arab News e Al Jazeera, a maior aproximação está acontecendo entre Brasília e Riad. Na semana passada, o ministro saudita de Assuntos Islâmicos estava em São Paulo para a Conferência Internacional dos Muçulmanos da América Latina.
Awaad bin Sabti Al-Anzi destacou então os “esforços do reino em apoio à causa palestina”, inclusive organizando cúpulas que “unificaram a opinião árabe e islâmica sobre os crimes brutais e desumanos”.
A qatari Al Jazeera cobriu a presença em São Paulo de outro ministro saudita, do Investimento, há dois meses. Khalid al-Falih defendeu que “Brasil e Arábia Saudita estão bem posicionados para serem parceiros estratégicos”. Alinhados os interesses geopolíticos e dos setores privados, “podemos nos tornar investidor ‘top five’ um do outro”.
Sobre os Emirados, o site chinês East Money e a Bloomberg noticiam que a Petrobras negocia com o fundo soberano de Abu Dhabi recomprar pelo menos parte da refinaria Landulpho Alves, na Bahia.
Já Wall Street Journal e Financial Times dão amplo destaque para, respectivamente, “Brasil traça caminho de US$ 100 bilhões para se tornar potência global de petróleo” e “Petrobras busca transformar Brasil em potência global de energia” (acima).
O FT, que até visitou a unidade de produção flutuante P-71, destaca em extenso relato que o Brasil está “para se juntar aos maiores de produtores de petróleo do mundo”, antes do final desta década.
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