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Japão condena homem à morte por incêndio no estúdio KyoAni – 25/01/2024 – Mundo

O Japão condenou Shinji Aoba, 45, à pena de morte pelo incêndio provocado em 2019 no estúdio Kyoto Animation, que produz séries e animes de sucesso, como “Violet Evergarden”, da Netflix. O crime deixou 36 mortos e 32 feridos. A decisão foi informada nesta quinta-feira (25) pela emissora pública NHK.

O julgamento do caso começou em setembro de 2023, com cinco acusações: assassinato, tentativa de assassinato, incêndio criminoso, violação de propriedade e violação da lei de controle de armas. Os advogados do acusado alegavam que o homem tinha transtornos psiquiátricos, mas Aoba foi indiciado oficialmente em dezembro de 2020, após ter sido declarado “mentalmente apto” para ser julgado.

Segundo relatos de testemunhas, o homem levou um carrinho com gasolina até o local, espalhou combustível na entrada e gritou “morram” ao atear fogo. À época, veículos japoneses noticiaram que Aoba acusava a produtora de plagiar um de seus romances, mas investigadores não encontraram nenhuma conexão entre ele e o KyoAni, como é conhecido o estúdio criado em 1981.

“Está correto. Eu provoquei o incêndio”, admitiu Aoba no tribunal de Kyoto, segundo a agência Jiji Press. “Não pensei que tantas pessoas morreriam e acho que fui longe demais.” No incidente, ele próprio teve mais de 90% do corpo queimado e passou por 12 cirurgias, além de uma intervenção para recuperar a fala.

No Japão, atear fogo a uma propriedade deliberadamente pode levar à pena de morte. O último ataque de grandes proporções do tipo havia sido em 2001, quando um incêndio provocado em um clube de mahjong (tradicional jogo de tabuleiro) em Tóquio deixou mais de 40 mortos.

O crime provocou consternação entre líderes mundiais e executivos de negócios, como o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e o CEO da Apple, Tim Cook. Após o ataque, uma campanha na internet iniciada por fãs ultrapassou a meta de US$ 750 mil (R$ 2,8 milhões), em apenas 16 horas, para recuperação do estabelecimento.

Fonte: Folha de São Paulo

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