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Idosa que teve perna amputada por erro médico recebe alta e terá casa acessível

Após ficar mais de quatro meses internada em uma unidade hospitalar após ter a perna amputada por um erro médico, durante uma cirurgia realizada no Hospital Geral do Estado, em abril deste ano, a aposentada Maria José, de 73 anos, finalmente vai voltar pra casa. A informação foi confirmada à reportagem da TV Pajuçara pelo filho da vítima, Elinaldo de Araújo, nesta sexta-feira (25).

De acordo como familiar, Maria José será levada na tarde de hoje para uma residência com acessibilidade, local que foi disponibilizado pelo Governo de Alagoas. Além da casa adaptada, a idosa será indenizada e também vai receber uma pensão vitalícia — estabelecido durante um acordo firmado entre a família e o Estado.

Ainda segundo Elinaldo, Maria José será levada de ambulância para a casa, onde será recebida pelos familiares e por representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas e do Governo.

Polícia indicia cinco profissionais do HGE por amputação de perna de idosa –  Em julho deste ano,  a Polícia Civil de Alagoas concluiu as investigações e indiciou cinco profissionais do Hospital Geral do Estado (HGE) por um erro médico que causou a amputação da perna de Maria José.

De acordo com o delegado Robervaldo Davino, responsável pelas investigações, quatro dos cinco profissionais indiciados são da mesma equipe médica. Uma quinta pessoa, que trabalhava na mesma área dos demais, mas que não fazia parte da equipe, também foi indiciada.

“Foram indiciados uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, duas médicas e um médico. Quatro profissionais foram indiciados pelo erro que eles cometeram e uma outra pessoa, o médico, foi indiciado por supressão de documentos. Nesses documentos, faltavam algumas páginas do prontuário apresentado para a psicóloga da unidade hospitalar. Existem depoimentos contundentes no inquérito que reforçam essa tese”, concluiu Davino.

Ainda segundo o delegado, um dos profissionais teria admitido que não seguiu o protocolo de cirurgia segura previsto pelo Ministério da Saúde.

“Durante depoimento, esses profissionais confirmaram que não fizeram o que está previsto no protocolo do Ministério da Saúde sobre orientações de cirurgias seguras. Inclusive, uma profissional diz que não fez e nem seguiu o que era o correto a ser feito. Um médico também disse, durante depoimento, que ninguém segue esse protocolo do Ministério da Saúde, porém essa amputação da perna da idosa aconteceu justamente porque eles não seguiram o protocolo”, completou Davino.

Ministério Público acompanha o caso – Três dias após a cirurgia, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) determinou uma instauração de Notícia de Fato para apurar o procedimento errado e irreversível que vitimou a idosa de 73 anos.

De acordo com o MPE, o caso foi encaminhado à Coordenação das Promotorias Criminais e ao Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), que devem trabalhar para esclarecer o ocorrido. O Ministério Público, representado pela promotora de Justiça Louise Teixeira, também enviou um ofício ao HGE e ao Estado, solicitando informações sobre as providências que já foram e serão adotadas para o caso.

Fonte: TNH1

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