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Holanda abre votação do Parlamento Europeu – 06/06/2024 – Mundo

A Holanda começou nesta quinta-feira (6) a série de eleições para renovar o Parlamento Europeu e as autoridades da União Europeia (UE), em meio ao crescimento de partidos da ultradireita em vários dos 27 países do bloco.

A votação geral será concluída no domingo, dia em que vão às urnas os países mais populosos da UE (Alemanha, Itália, França, Espanha). No total, 370 milhões de pessoas estão aptas a votar. Os resultados definirão os 720 assentos do Parlamento, distribuídos proporcionalmente de acordo com a população de cada membro.

Os legisladores nomearão, então, os líderes das outras duas principais instituições da UE: a Comissão Europeia (braço executivo) e o Conselho Europeu (que representa os países).

A atual presidente da Comissão, a alemã Ursula von der Leyen, é candidata a um novo mandato de cinco anos, com o apoio da bancada do PPE (Partido Popular Europeu), composta por partidos de direita.

As sondagens projetam um crescimento acentuado dos partidos de ultradireita, que poderão conquistar até um quarto das cadeiras. Se o percentual for alcançado, essa corrente ganharia muito peso na articulação de acordos para votações na Casa.

De acordo com as sondagens, o bloco PPE, que reúne siglas de direita e centro-direita e ao qual pertence Von der Leyen, continuará a ter a principal bancada no Parlamento, seguido pelo bloco Socialistas e Democratas, de centro-essquerda.

A bancada centrista Renew (Renovação) e os Verdes surgem como os mais afetados pelo provável fortalecimento da ultradireita. Se as sondagens forem confirmadas, isso poderá ameaçar o equilíbrio das três forças –PPE, S&D e Renew –, que nos últimos cinco anos permitiu a negociação dos principais acordos votados no Parlamento.

Von der Leyen já sinalizou que poderia buscar alianças específicas com setores de ultradireita menos eurocéticos, mas este cenário pode dificultar entendimento com os sociais-democratas, centristas ou verdes.

Na Holanda, o PVV (Partido da Liberdade), do ultradireitista Geert Wilders, que obteve uma vitória surpreendente nas eleições legislativas de novembro, também deverá continuar a ser a principal força do país nas eleições europeias.

As sondagens também anunciam uma vitória do partido de Marine Le Pen, na França, da premiê italiana, Giorgia Meloni e do Fidesz, sigla do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban. Siglas de ultradireita devem ter bom desempenho nas urnas na Alemanha e na Polônia.

Entre as preocupações comuns dos eleitores entre os países-membros estão o custo de vida, a insegurança e a imigração. Mais de três quartos dos europeus apoiam uma política comum de defesa e segurança. Segundo estudos da Comissão Europeia, a maioria aprova o envio de equipamento militar para a Ucrânia e sanções contra a Rússia.

Fonte: Folha de São Paulo

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