O Hamas declarou nesta segunda-feira (12) que libertou o refém israelo-americano Edan Alexander, gesto que pode abrir caminho para a retomada das negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza, devastada pela guerra.
Ainda não houve acordo para uma trégua mais ampla ou a libertação de mais reféns. Mas os combates pararam ao meio-dia em Gaza, após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmar que Israel pausaria suas operações para permitir a passagem segura durante a libertação do refém.
Edan Alexander, 21, soldado do Exército de Israel nasceu e foi criado em Nova Jersey, foi libertado nesta segunda-feira.
O grupo palestino Hamas declarou que libertou Alexander — o último cidadão americano que ainda detinha — e uma fonte com conhecimento do assunto disse que ele foi entregue ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O Hamas afirmou que libertou Alexander como gesto de boa vontade ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visita a região nesta semana. No entanto, Netanyahu reiterou que não haverá cessar-fogo e que os planos para intensificar a ação militar em Gaza continuam.
O grupo terrorista palestino declarou estar pronto para participar de negociações visando um cessar-fogo abrangente e duradouro.
O presidente dos EUA, Donald Trump, comemorou o anúncio de que Alexander seria libertado e disse que espera que todos os reféns sejam devolvidos e que os combates cessem. “Sou grato a todos que tornaram essa notícia monumental possível”, disse o republicano em publicação nas redes sociais, chamando a divulgação de um “gesto de boa fé”.
“Esperamos que este seja o primeiro dos passos finais necessários para colocar fim a este conflito brutal”, acrescentou.
A libertação, após negociações envolvendo Hamas, Estados Unidos, Egito e Catar, pode abrir caminho para a soltura dos outros 59 reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, 19 meses após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023.
Netanyahu tem insistido que o planejamento para uma campanha militar ampliada em Gaza seguirá adiante. Um de seus aliados na coalizão, o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir, afirmou que a guerra contra o Hamas não deve terminar e que a entrada de ajuda humanitária no enclave não deve ser permitida.
“Israel não se comprometeu com nenhum tipo de cessar-fogo”, declarou o gabinete de Netanyahu, acrescentando que a pressão militar foi o que forçou o Hamas a realizar a libertação.
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