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HomeMundoGuerra: famílias de reféns replicam túneis do Hamas - 13/01/2024 - Mundo

Guerra: famílias de reféns replicam túneis do Hamas – 13/01/2024 – Mundo

Familiares de reféns israelenses que estão em Gaza apresentaram neste sábado (13) uma réplica dos túneis que o Hamas mantém na região. A instalação de 30 metros de comprimento foi inaugurada em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv.

O movimento dos parentes é uma tentativa de pressionar as autoridades de Israel a encontrarem pessoas que são mantidas reféns após quase cem dias do início da guerra na região.

“Sabemos que as condições são horríveis: sem ar fresco, pouca comida, sem medicamentos, sem luz do dia, dormindo no chão”, disse Eyal Moar, sobrinha de um refém, à agência de notícias AFP.

A instalação foi projetada pelo artista israelense Roni Levavi, que tentou fazer “a reconstrução mais fiel” dos túneis de Gaza. Para isso, baseou-se em imagens divulgadas pela imprensa.

No interior, há pouca luz e ouvem-se sons de tiros e bombardeios. O chão é sujo. “Dá uma ideia do que os reféns estão sentindo há tantos dias”, afirmou Levavi.

“É o único túnel em que há uma luz no final”, comentou Inbar Goldstein. Vários de seus familiares foram libertados durante uma trégua de uma semana em novembro. No entanto, outros morreram em 7 de outubro, quando o conflito teve início.

As autoridades israelenses estimam que, dos cerca de 250 reféns capturados, 132 ainda estão retidos em Gaza, incluindo 25 que podem estar mortos. Mais de cem reféns foram libertados durante a trégua de novembro, porém o destino dos demais prisioneiros é incerto.

Na sexta-feira (12), o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que os reféns receberão medicamentos por meio de um acordo negociado com o Qatar.

Para as famílias, isso ainda é pouco. “Eu o quero em casa, no hospital, com boa assistência médica, não com assistência médica do Hamas”, disse Ella Ben Ami, cujo pai, Ohad Ben Ami, é mantido em cativeiro.

Para os parentes dos reféns, a sensação de estar preso em um túnel, mesmo que seja uma réplica, foi angustiante. “Estive lá por cinco minutos e só queria sair correndo”, contou Ben Ami. “Eu tinha a opção de fugir, mas eles não.”

Fonte: Folha de São Paulo

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