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Guerra destruiu mais de 1.300 escolas na Ucrânia – 29/08/2023 – Mundo

Mais de 1.300 escolas foram totalmente destruídas em áreas controladas pelo governo da Ucrânia desde a invasão russa, em fevereiro de 2022, e outras foram seriamente danificadas, afirmou o Unicef, agência da ONU para a infância, nesta terça-feira (29).

Os ataques ininterruptos significam que apenas cerca de um terço das crianças em idade escolar está frequentando aulas presenciais e muitas estão esquecendo o que já aprenderam.

Crianças em idade pré-escolar também não estão frequentando centros de ensino. Segundo uma pesquisa nacional, nas regiões de frentes de batalha, três quartos dos pais relataram que não estão enviando seus filhos para as aulas.

Além da Ucrânia, mais de metade das crianças cujas famílias fugiram do conflito para sete países não estão matriculadas no ensino nacional, disse o Unicef, citando barreiras linguísticas e sistemas educativos sobrecarregados pelos conflitos.

Algumas escolas sofreram ataques diretos e outras fecharam por precaução durante 18 meses de ataques com mísseis e artilharia em áreas residenciais em todo o país.

“Dentro da Ucrânia, os ataques às escolas continuaram sem parar, deixando as crianças profundamente angustiadas e sem espaços seguros para aprender”, afirmou o Unicef.

A guerra veio na sequência das interrupções causadas pela pandemia de Covid, levando algumas crianças ucranianas a um quarto ano letivo consecutivo com atividades suspensas, até que retornassem às aulas esta semana, após as férias de verão.

“Isso não apenas deixou as crianças ucranianas lutando para progredir em sua educação, mas também lutando para reter o que aprenderam quando as escolas estavam funcionando plenamente”, disse Regina De Dominicis, diretora regional do Unicef para a Europa e Ásia Central.

Cerca de metade dos professores ucranianos relatou uma deterioração nas habilidades dos alunos em linguagem, leitura e matemática, segundo a agência da ONU. Além disso, eles perderam a sensação de segurança, a rotina e as amizades que a escola pode proporcionar àqueles que estão enfrentando a guerra.

Fonte: Folha de São Paulo

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