Um juiz federal impediu nesta quarta-feira (11) o governo de Donald Trump de justificar a prisão de Mahmoud Khalil, ex-aluno da Universidade Columbia que participou de protestos contra Israel e a guerra na Faixa de Gaza, com base nos interesses da política externa dos Estados Unidos.
A determinação, entretanto, não entrará em vigor pelo menos até a próxima sexta-feira (13), o que dá ao governo federal tempo de recorrer. Não há, por ora, uma previsão para que o ativista seja solto.
Khalil, 30, foi preso no dia 8 de março por agentes de imigração na residência estudantil onde morava, em Nova York, e enviado no mesmo dia para um centro de detenção no estado da Louisiana, a milhares de quilômetros de distância da cidade onde mora e de seus advogados e esposa.
Trump prometeu deportar ativistas pró-palestinos que participaram de protestos em campi universitários americanos contra a guerra de Israel em Gaza. Segundo o republicano, muitos dos manifestantes são antissemitas e apoiam grupos terroristas.
Manifestantes pró-Palestina dizem que suas críticas às ações israelenses em Gaza são erroneamente confundidas com antissemitismo. Numa carta divulgada em março, Khalil diz ser um prisioneiro político e afirma que sua detenção é um indicativo de “racismo antipalestino”.