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EUA: Gold card de Trump já tem 70 mil interessados – 17/06/2025 – Mundo

Quase 70 mil pessoas se inscreveram para o novo gold card, um esquema de visto para os Estados Unidos liderado pelo secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, que concederá residência legal no país a estrangeiros a um custo de US$ 5 milhões. A proposta é divulgada como “Trump card”, e o cartão dourado tem a imagem do presidente Donald Trump.

Na semana passada, o departamento de Lutnick lançou um site —trumpcard.gov— para que potenciais candidatos registrem seu interesse em obter o visto e forneçam informações básicas de contato, incluindo nome, endereço de email e região do mundo de onde é.

Na manhã desta segunda-feira (16), Lutnick afirmou que o painel online interno de seu departamento mostrava 67.697 pessoas na lista de espera. Em uma hora, o número havia saltado para 68.703.

“O cartão será feito de ouro”, disse o secretário de comércio dos EUA ao Financial Times. “Será lindo.”

“Donald Trump aprecia esse tipo de coisa. Ele se importa com a aparência. Ele se importa com a sensação. Quero dizer, ele realmente se importa com isso, e acha que se você vai comprar e fazer esse investimento na América, devemos lhe dar algo que seja bonito.”

Lutnick disse que a ideia inicial do visto veio do bilionário doador de Trump, John Paulson, como uma forma de aumentar a receita dos EUA e ajudar a pagar a dívida do país, na casa dos US$ 36 trilhões —Trump também já falou sobre a proposta ajudar a apagar a dívida.

O secretário de Comércio disse que o gold card atrairá líderes empresariais e empresas que buscam residência legal nos EUA para si ou seus funcionários.

O diretor executivo de uma empresa global de tecnologia, que pediu para não ser identificado, afirmou por meio de um porta-voz que seu grupo buscaria comprar mais de 100 cartões Trump se o esquema se concretizar, acrescentando que vê a iniciativa como uma forma “de receber os melhores e mais brilhantes do mundo nos Estados Unidos, particularmente empreendedores, engenheiros e cientistas”.

Em 1990, o Congresso americano criou uma rota para residência permanente para investidores estrangeiros através do programa de visto EB-5, que tem um investimento mínimo de até US$ 1,8 milhão. Cerca de 14 mil desses vistos foram concedidos no ano passado, de acordo com a Invest In the USA, uma associação comercial do EB-5.

Lutnick está pressionando para que o novo esquema substitua o visto EB-5, e está planejando acelerar a criação de um programa muito maior em poucos meses.

O Departamento de Comércio planeja emitir dezenas de milhares de cartões Trump no meio do ano, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Lutnick afirma que a emissão de 200 mil vistos renderia US$ 1 trilhão para o Tesouro.

Lutnick viajou em maio com o presidente para a Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos e concluiu suas conversas com autoridades estrangeiras com uma proposta para o gold card.

“Sempre que me encontro com executivos internacionais, sempre discuto isso com eles e vendo para eles. Não consigo evitar”, afirmou Lutnick.

A Casa Branca ainda precisa determinar detalhes cruciais sobre o esquema, embora há três meses Lutnick tenha afirmado no All-In Podcast que o cartão seria lançado em cerca de duas semanas.

O desenho de uma estrutura tributária especial para portadores do gold card ainda não foi finalizado, e embora se espere que a verificação dos candidatos seja feita pelos departamentos de Segurança Interna, de Estado e de Comércio, Trump ainda não decidiu se cidadãos de países específicos seriam excluídos da proposta. A Casa Branca proibiu viagens aos EUA de uma dúzia de nações e está supostamente considerando outras para a lista de proibição.

O bilionário italiano e CEO da stablecoin Tether, Paolo Ardoino, disse ao Financial Times em abril que o sucesso de tais vistos dependia do tratamento fiscal que ofereciam.

Ardoino, que se associou à antiga empresa de Lutnick, Cantor Fitzgerald, em um empreendimento de criptomoedas, disse que “o problema” com os americanos é que “onde quer que vão, têm que pagar impostos nos EUA”.

“Eu não pesquisei sobre isso, mas moro na Suíça, em El Salvador”, acrescentou. “Por que eu deveria [comprá-lo]?”

Fonte: Folha de São Paulo

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