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Equador: Prefeito diz ter sido alvo de 30 disparos – 19/08/2023 – Mundo

Um dia antes das eleições presidenciais no Equador, o país voltou a registrar relatos de atentados contra políticos –ou ao menos perto deles. Os casos agora envolvem o prefeito da cidade equatoriana de La Libertad, Francisco Tamariz, e o presidenciável Otto Sonnenholzne.

Tamariz disse neste sábado (19) ter sido vítima de um atentado a tiros. “Tentaram ME MATAR”, postou ele na plataforma X, o ex-Twitter. Segundo o prefeito, há ao menos oito testemunhas do ataque, que teria ocorrido na noite de sexta. Tamariz destacou que saiu ileso do ataque, junto com a esposa e dois parentes que viajavam num veículo blindado –o carro, afirmou ele, foi alvo de 30 disparos.

Mais tarde, no Facebook, detalhou que, ao retornar do porto de Guayaquil, no sudoeste do país, sua caminhonete blindada foi alvejada por duas pessoas à paisana que saíram de uma viatura. “Em questão de segundos começaram a crivar o carro (…), começaram a disparar contra nós, nunca perguntaram quem estava ali”, disse ele em um vídeo gravado ao lado da esposa. Ambos vestiam coletes à prova de balas.

“Se [o carro] não fosse blindado, irmão equatoriano, eu não estaria aqui. Seria impossível estar falando com você após os 30 tiros que foram […] direcionados à caminhonete em que eu estava”, acrescentou. Até a publicação deste texto, a polícia e o governo equatoriano não haviam se pronunciado sobre o caso.

Tamariz é aliado do ex-presidente Rafael Correa, hoje exilado na Bélgica devido a uma condenação num processo em seu país natal no qual é acusado de corrupção.

Ainda neste sábado, um tiroteio aconteceu próximo ao local onde o candidato à Presidência Otto Sonnenholzner tomava café com sua família, em Guayaquil. “Acabamos de sofrer um tiroteio. Graças a Deus estamos bem, mas exigimos uma investigação sobre o ocorrido. Não podemos continuar assim. Amanhã mudamos de rumo!”, postou na plataforma X. Em entrevista coletiva, a Polícia Nacional disse que os disparos resultaram de uma perseguição contra bandidos que haviam roubado uma loja de roupas.

No último dia 9, o presidenciável Fernando Villavicencio, crítico ferrenho de Correa, foi morto a tiros quando saía de um comício em Quito. Menos de uma semana depois, um membro do partido do ex-presidente foi assassinado a tiros perto da fronteira com a Colômbia. À Folha Correa afirmou que o assassinato de Villavicencio é um complô para prejudicar a vitória de sua aliada na disputa presidencial, Luisa González –favorita no pleito, segundo as pesquisas.

“Há uma campanha nas redes culpando-nos pela morte. Quem ganha com isso é a extrema direita, pois sabiam que íamos vencer no primeiro turno, e isso nos tirou pontos nas pesquisas”, disse. Ele chegou a cogitar até o envolvimento da CIA, a agência de inteligência dos EUA, no homicídio.

Na quinta (17), durante o encerramento de sua campanha, o candidato presidencial Daniel Noboa, de direita, denunciou um ataque a tiros contra sua caravana, da qual saiu ileso. Autoridades, porém, dizem que o tiroteio não tinha relação com o evento político, que ao fim teve de ser interrompido.

Fato é que o Equador enfrenta uma onda de violência ligada ao narcotráfico nos últimos anos com massacres em prisões que deixaram mais de 430 presos mortos desde 2021 e uma taxa recorde de 26 homicídios nas ruas por 100 mil habitantes em 2022, quase o dobro do ano anterior.

Fonte: Folha de São Paulo

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