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Equador: ‘alerta máximo’ por suposto plano de matar Noboa – 19/04/2025 – Mundo

O Equador se encontra em “alerta máximo”, informou neste sábado (19) o governo, depois de ter sido divulgado um relatório de inteligência que alerta sobre uma suposta tentativa de assassinato contra o presidente reeleito Daniel Noboa.

Um relatório do Comando Conjunto das Forças Armadas, datado de quinta-feira (17) e assinado pelo coronel do exército Rolando Proaño, diz que após a reeleição de Noboa, no último fim de semana, “foram iniciadas transferências de sicários do México e de outros países para o Equador, com a finalidade de realizar atentados terroristas contra o presidente da República” e seus funcionários mais próximos.

Noboa tem mandato até 2029, após vencer no segundo turno a esquerdista Luisa González, que não reconheceu a derrota.

“Condenamos e repudiamos energicamente qualquer tentativa de atentar contra a vida do senhor presidente da República, autoridades do Estado e funcionários públicos”, declarou o Ministério do Governo em um comunicado divulgado na madrugada de sábado, horas depois do vazamento nas redes sociais do documento militar.

O relatório adverte sobre “o planejamento de possíveis atentados terroristas” em infraestrutura viária, bancos e instituições do Estado.

Também menciona a realização de protestos violentos no país e recomenda reforçar o esquema de segurança do mandatário.

“O Estado está em alerta máximo”, afirmou o Ministério do Governo em seu comunicado. “As Forças Armadas, a Polícia Nacional e os organismos de inteligência estão trabalhando de forma articulada para neutralizar qualquer ameaça”.

O governo de Noboa responsabilizou pelo suposto plano de magnicídio “estruturas criminosas, em cumplicidade com setores políticos derrotados nas urnas”, sem dar detalhes nem nomes.

Os governos esquerdistas de Gustavo Petro na Colômbia e Claudia Sheinbaum no México se abstêm de reconhecer o triunfo de Noboa após as acusações de fraude de González, descartadas por observadores da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos.

O México rompeu relações com o Equador em abril do ano passado, quando Noboa ordenou tomar de assalto a embaixada desse país em Quito para capturar o ex-vice-presidente Jorge Glas, condenado por peculato e asilado nessa sede diplomática.

Outrora considerado uma exceção em uma região conflituosa, o Equador agora está envolvido em uma sangrenta guerra territorial entre narcotraficantes e máfias internacionais rivais.

Noboa, que em 2024 declarou o país em conflito armado interno, busca enfrentar a violência criminosa com uma política de mão dura para a qual busca o apoio de países aliados. Próximo de Donald Trump, o líder equatoriano propôs que os EUA deem auxílio militar no combate ao crime organizado e quer que o Congresso mude a Constituição para permitir a instalação de bases estrangeiras.

Fonte: Folha de São Paulo

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