A embaixada do Brasil em Teerã, a capital do Irã, ficou três dias sem internet e com dificuldade de se comunicar com o país e os cidadãos brasileiros que vivem na nação persa.
Ela só voltou a conseguir conexão entre o sábado (20) e o domingo (21), e mesmo assim enfrentando instabilidades.
Para piorar a situação, as explosões dos ataques de Israel contra Teerã, antes em locais mais distantes, estão ocorrendo na manhã desta segunda (23) nas imediações do bairro de Zafaranieh, onde fica a sede diplomática do Brasil.
Na semana passada, explosões puderam ser ouvidas quando Israel atacou a sede da emissora oficial de TV do Irã. Mas as coisas aparentemente tinham se acalmado.
Na manhã desta segunda (23), novas explosões foram ouvidas nas imediações _ especialmente as que atingiram a prisão de Evin, que fica no bairro de mesmo nome, vizinho de Zafaranieh.
A sucessão e a proximidade dos ataques aumenta a tensão entre diplomatas.
Além da prisão de Evin, que abriga presos políticos, foram atingidos a sede do Basij, milícia ideológica e religiosa da Guarda Revolucionária, e a sede do serviço de segurança interno.
A interrupção de internet em Teerã foi levada à cabo pelo próprio governo do Irã, depois que o grupo de hackers conhecido como Pardal Predador conseguiu invadir os sistemas do banco estatal iraniano, o Bank Sepah.
Com histórico de ataques sofisticados ao Irã que vão além da capacidade de hackers ativistas, o grupo é citado pela própria mídia israelense como ligado a Israel.
Ele assumiu a invasão, de acordo com a Reuters.
De acordo com reportagem da Reuters, o grupo Pardal Predador (Gonjeshke Darande) disse que invadiu o banco estatal iraniano porque ele ajudaria a financiar as forças armadas do Irã.
Os clientes estavam com problemas para acessar as suas contas, de acordo com a mídia israelense.
O ataque poderia provocar um colapso na confiança nos bancos, com impactos ainda não mensurados.
Em 2022, Gonjeshke Darande assumiu a responsabilidade por um ataque cibernético contra uma fábrica de aço iraniana e foi associado a um ataque cibernético em 2021 que causou interrupções generalizadas em postos de gasolina em todo o Irã.
Israel nunca reconheceu formalmente que está por trás do grupo.
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