Assim, a equipe de pesquisa comparou essas alterações no DNA com a saúde das crianças entre 7 e 12 anos e identificou diversas áreas onde os genes presentes no sangue do cordão umbilical previram problemas de saúde na infância. Variações em um gene chamado TNS3, por exemplo, foram associadas à esteatose hepática, inflamação ou lesão hepática e excesso de gordura abdominal, conforme medido pela relação cintura-quadril. Além disso, alterações em outros genes também foram relacionados à pressão arterial, relação cintura-quadril e inflamação ou lesão hepática, disseram os pesquisadores.
“Esses sinais epigenéticos são estabelecidos durante o desenvolvimento embrionário, potencialmente influenciados por fatores ambientais, como nutrição ou saúde materna durante a gravidez”, disse a copesquisadora Cynthia Moylan, professora associada da divisão de gastroenterologia do Duke University Health System, no comunicado.
Nova pesquisa investigará o tema mais a fundo
De acordo com os pesquisadores, apesar de a amostra do estudo ser pequena, as ligações constatadas são tão fortes que as descobertas justificam uma investigação mais aprofundada sobre o tema. Diante disso, um estudo de acompanhamento maior, financiado pelo National Institutes of Health (Institutos Nacionais da Saúde), dos Estados Unidos, está em andamento. “Se validado em estudos maiores, isso poderá abrir caminho para novas ferramentas de triagem e intervenções precoces para crianças em risco”, acrescentou Cynthia Moylan.
Por fim, Ashley Jowell ainda afirmou que as doenças podem ser prevenidas mesmo com esses marcadores. “Só porque você nasce com esses marcadores não significa que a doença seja inevitável”, disse ela. “Mas conhecer seus riscos mais cedo na vida pode ajudar famílias e médicos a tomar medidas proativas para apoiar a saúde da criança a longo prazo”, completou.