Parcerias entre marcas não são exatamente uma novidade. Elas existem há décadas, mas nunca geraram tanto valor quanto agora. Quem já imaginou pagar R$ 50 por 10 gramas de hidratante labial ou R$ 500 em um par de chinelos de borracha (que não soltam as tiras)? Esse é o poder das chamadas collabs — transformar produtos comuns em objetos de desejo.
Um dos exemplos nacionais de maior sucesso é o da linha Carmed, que acaba de anunciar uma nova collab com os Smurfs, prevista para chegar às farmácias em julho.
Embora tenha sido lançado em 2015, o produto só ganhou notoriedade em 2023, após uma parceria com a marca de doces Finni. Com essa estratégia, a Cimed transformou o Carmed em um ícone cultural e impulsionou o crescimento da farmacêutica, que, nos primeiros meses de 2025, gerou R$ 250 milhões em vendas do produto.
Por trás desse sucesso está uma estratégia que vai além da simples oferta de um cosmético: a criação de desejo em torno de itens colecionáveis e limitados, capazes de se conectar emocionalmente com diferentes gerações.
O Que Pequenas Empresas Podem Aprender com Isso?
Collabs são como se enturmar com os amigos de um amigo — uma maneira inteligente de alcançar novos públicos, criar barulho (bom) e ampliar o alcance da sua marca.
Quando a relação é de ganha-ganha, funciona para ambos os lados. No entanto, alguns cuidados são essenciais na hora de construir essa estratégia:
- Explore a memória afetiva: Collabs funcionam melhor quando despertam lembranças positivas. Pequenas empresas podem buscar parcerias com marcas ou artistas locais que tenham significado para seu público.
- Transforme produtos em experiências: Aposte em itens colecionáveis e em edições limitadas para despertar o desejo e criar um sentimento de exclusividade.
- Construa uma comunidade: Collabs bem executadas geram conversas, compartilhamentos e criam comunidades em torno da marca. Incentive seu público a mostrar o produto nas redes e alimente boas conversas.
Cuidados Essenciais Antes de Fechar uma Parceria
Por outro lado, nem toda parceria é estratégica — e pode até se tornar uma cilada. Fique atento a estes pontos:
- Falta de alinhamento de valores: Se as marcas parceiras não compartilham os mesmos valores ou posicionamento, podem surgir ruídos na comunicação ou até mesmo perda de credibilidade e rejeição junto ao público.
- Público-alvo desconectado: A parceria precisa fazer sentido para o consumidor de ambas as marcas.
- Custos que não compensam: Produzir algo em conjunto pode exigir investimentos significativos em design, licenciamento ou produção. Pequenas marcas devem calcular cuidadosamente se o retorno potencial justifica esse esforço financeiro.
Collabs são ferramentas poderosas — e acessíveis — para transformar um produto simples em desejo de consumo. Com criatividade, planejamento e propósito, sua marca também pode conquistar corações e ampliar suas vendas.
E você? Já criou alguma parceria de sucesso? Compartilhe sua experiência aqui comigo!