Por Bruno Protasio e João Arthur Sampaio
A retirada do ônibus que despencou de uma ribanceira com mais de 400 metros na Serra da Barriga, em União dos Palmares, Zona da Mata Alagoana, está prevista para acontecer ainda na manhã desta quarta-feira (25). No entanto, devido às chuvas e neblina surgiu a incerteza sobre a realização da operação. A tragédia, que vitimou 20 pessoas, aconteceu há sete meses, no dia 24 de novembro de 2024.
A ação tem o objetivo de içar o veículo do local e o procedimento será feito por uma empresa privada. O Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas presta apoio na operação, e inclusive, o maquinário que deve ser utilizado no serviço já se encontra na região.
Mas, afinal, o trabalho pode ser realizado mesmo com o tempo adverso?
O repórter da TV Pajuçara, Bruno Protasio, está no local e conversou com o representante da empresa de guinchos. Ele explicou que a chuva em si não atrapalha, mas, na verdade, até ajuda, porque o ônibus pode deslizar com facilidade com o solo encharcado.
A questão apresentada pela empresa é sobre a neblina, segundo detalhou, que atrapalha a visibilidade, tornando o trabalho mais perigoso. Então, agora são aguardados o Instituto de Criminalística e o Corpo de Bombeiros, que também precisam avaliar as condições do ambiente para a possível retirada.
Até o fechamento desta matéria, ainda não existe uma posição oficial sobre o assunto. Entretanto, a recomendação da empresa é de que não aconteça nesta quarta.
Relembre o caso
- No dia 24 de novembro do ano passado, um ônibus com 48 passageiros despencou de uma ribanceira com mais de 400 metros na Serra da Barriga;
- Ao todo, 20 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, algumas com sequelas irreversíveis;
- À época, a viúva do motorista do ônibus relatou à reportagem da TV Pajuçara que o marido, Luciano de Queiroz Araújo, havia identificado problemas no veículo no dia do acidente. Luciano tinha 47 anos e morreu no acidente;
- No relatório, a polícia cita que o ônibus apresentou falha mecânica durante o trajeto na Serra da Barriga. O inquérito foi concluído sem identificar culpados.