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City vai ganhar a Premier League de novo? Por que pior número da Era Guardiola vai contra ‘previsão’ do técnico

“Meu sentimento hoje é que nós vamos vencer a Premier League”. Pep Guardiola causou surpresa ao fazer tal declaração na véspera de Aston Villa x Manchester City, partida que acontece nesta quarta-feira (6), às 17h15 (de Brasília). A previsão otimista faz todo o sentido se olharmos para as temporadas recentes, em que os Citizens venceram…

Reuters

“Meu sentimento hoje é que nós vamos vencer a Premier League”. Pep Guardiola causou surpresa ao fazer tal declaração na véspera de Aston Villa x Manchester City, partida que acontece nesta quarta-feira (6), às 17h15 (de Brasília).

A previsão otimista faz todo o sentido se olharmos para as temporadas recentes, em que os Citizens venceram cinco das seis últimas edições do campeonato e estabeleceram um domínio só comparável ao do Manchester United de Sir Alex Ferguson. Mas há uma estatística da atual campanha que, se não for melhorada, fatalmente custará o título.

Tratado – com justiça – como uma referência de futebol ofensivo, Guardiola tem uma preocupação maior com a defesa do que muitos imaginam. Já disse, no passado, que é impossível vencer títulos sem um sistema defensivo confiável. E é justamente isso que atrapalha o City versão 2023/24, que tem os piores números desde que o técnico assumiu, em 2016.

O atual campeão inglês sofreu 24 gols nos primeiros 22 jogos da temporada, somando compromissos de Premier League, Copa da Liga Inglesa, Champions League, Supercopa da Inglaterra e Supercopa da Uefa. São apenas cinco partidas sem ser vazado, quatro delas no campeonato nacional (Burnley, Newcastle, Nottingham Forest e Manchester United).

Em termos defensivos, um começo de ano tão ruim assim só havia acontecido em 2016/17, no primeiro ano de Guardiola no Etihad Stadium. Na época, foram 23 gols sofridos em 22 compromissos, com apenas dois clean sheets na Premier League.

Veja o comparativo ano a ano:

  • 2023/24 – 24 gols em 22 jogos (5 clean sheets, 4 na Premier League)
  • 2022/23 – 19 gols em 22 jogos (11 clean sheets, 6 na Premier League)
  • 2021/22 – 18 gols em 22 jogos (9 clean sheets, 8 na Premier League)
  • 2020/21 – 15 gols em 22 jogos (12 clean sheets, 7 na Premier League)
  • 2019/20 – 21 gols em 22 jogos (8 clean sheets, 5 na Premier League)
  • 2018/19 – 11 gols em 22 jogos (13 clean sheets, 8 na Premier League)
  • 2017/18 – 14 gols em 22 jogos (11 clean sheets, 7 na Premier League)
  • 2016/17 – 23 gols em 22 jogos (5 clean sheets, 2 na Premier League)

O rendimento defensivo chama atenção nos jogos recentes. O City sofreu dez gols nas últimas quatro partidas: três do Tottenham, dois do RB Leipzig, um do Liverpool e quatro do Chelsea. Nesse recorte, venceu apenas uma vez, os alemães, em duelo da Liga dos Campeões da Europa.

Tais tropeços custaram a liderança da Premier League para aquele que tem a melhor defesa do certame: o Arsenal, com 12 tentos sofridos em 15 rodadas, desempenho superior aos 16 sofridos do Manchester City em 14 partidas.

O que aconteceu com o City?

Possíveis respostas para isso não faltam, a começar pelas baixas. John Stones, zagueiro que se especializou a atuar como volante e se tornou peça importante no sistema de marcação, atuou poucos minutos na temporada. Isso de certa forma sobrecarrega Rodri, o único marcador efetivo do meio-campo, e causa buracos na linha defensiva.

Outro fator é a falta de controle, característica perdida pelos Citizens com a lesão de Kevin de Bruyne, que voltará a jogar possivelmente em janeiro, e também com a saída de Ilkay Gundogan, hoje no Barcelona.

Sem eles, o clube foi ao mercado, contratou nomes como Mateo Kovacic e Matheus Nunes, que ainda não engrenaram. Assim, Guardiola adaptou a característica do time e o deixou ainda mais ofensivo, frequentemente com até quatro atacantes (Phil Foden, Julián Álvarez, Jeremy Doku e Erling Haaland). E isso tem um preço.

“Não é a primeira vez que estamos jogando bem, mas os resultados não acontecem. Normalmente nós encontramos soluções, mas agora estamos sofrendo um pouco”, falou o treinador, após o frustrante empate com o Tottenham no domingo passado (3).

Por se tratar de um técnico altamente capaz e de um time acostumado a empilhar títulos nos últimos anos, a expectativa é que os problemas sejam corrigidos a tempo da reta final. Mas serão necessários alguns ajustes para que a defesa suba de nível e o time mantenha o predomínio de anos recentes.



Fonte: Alagoas 24 Horas

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