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China e Filipinas fazem acordo no Mar do Sul da China – 23/07/2024 – Mundo

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As Filipinas e a China anunciaram que chegaram a um “arranjo provisório” para missões de reabastecimento de um navio naval filipino encalhado no Mar do Sul da China , disse o Ministério das Relações Exteriores das Filipinas em um comunicado neste domingo (21).

A pasta não detalhou o acordo para as missões de reabastecimento ao Sierra Madre, mas afirmou que ele seguiu “discussões francas e construtivas” entre os dois países.

  • “Ambos os lados continuam a reconhecer a necessidade de desescalar a situação no Mar do Sul da China e gerenciar diferenças através do diálogo e consulta, concordando que o acordo não prejudicará as posições de cada um”, diz o comunicado.

Contudo, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou em comunicado nesta segunda (22) que “ainda exige que o lado filipino reboque o navio e restaure o status original do recife de Ayungin como se estivesse desocupado e sem instalações”.

Oficiais de segurança das Filipinas disseram que realizarão as missões de reabastecimento ao navio por conta própria, apesar de uma oferta americana para ajudar.

  • Segundo o assessor de Segurança Nacional filipino, Eduardo Año, “não há necessidade, neste momento, de qualquer envolvimento direto das forças dos EUA na missão”.

Por que importa: ainda que os termos do acordo não estejam claros, o anúncio é uma boa notícia para quem esperava uma desescalada nos constantes confrontos que se tornaram comuns entre China e Filipinas nas águas que ambos os países consideram como suas.

Analistas militares citavam a possibilidade de um grande conflito armado caso a situação não se estabilizasse, já que Manila e Washington possuem um acordo de defesa mútua e um eventual conflito dos filipinos e chineses desencadearia a participação militar dos EUA.

pare para ver

“Juanita”, escultura do artista Tin Ping Lay. Apesar de ter nascido em Fujian, na China, ele estudou na Universidade de Santo Tomas, em Manila, e ganhou dezenas de prêmios nas Filipinas. Saiba mais sobre o artista aqui (em inglês).


o que também importa

★ Uma estudante da Universidade Renmin da China, identificada como Wang Di, acusou seu orientador de assédio sexual e de ter ameaçado impedir sua graduação após ela recusar investidas. Wang divulgou um vídeo de 59 minutos no Weibo, onde relatou abusos físicos e verbais, e revelou mensagens e áudios que seriam provas do assédio. Na publicação, que teve 1,73 milhão de curtidas, muitos usuários apoiaram a estudante e exigiram punições e a designação de um novo orientador. A universidade iniciou uma investigação e disse ter tolerância zero para condutas antiéticas.

★ A China considera mudanças em seu sistema de imigração para atrair mais cientistas estrangeiros, incluindo a oferta de residência permanente. O Partido Comunista manifestou o desejo de “melhorar os mecanismos de apoio para recrutar talentos do exterior e criar sistemas de pessoal competitivos internacionalmente”. O líder chinês Xi Jinping destacou que a capacidade de inovação do país não atende às exigências de desenvolvimento de alta qualidade e que a China depende excessivamente de tecnologias controladas por outros países. A resolução também prometeu expandir as trocas e cooperações internacionais em ciência e tecnologia, incentivar a criação de organizações internacionais na China e melhorar a comunicação entre grupos chineses e estrangeiros.

★ Em uma rara decisão, a China removeu sanções sobre a empresa de comunicações dos EUA, Viasat Inc. A empresa tinha sido alvo de sanções em janeiro devido a contatos para a venda de armas ao governo da ilha autogovernada de Taiwan. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, anunciou a medida sem entrar em detalhes e apenas afirmou que “a situação mudou” desde a imposição das sanções. A Viasat possui parcerias na China, que incluem um acordo para fornecer Wi-Fi em voo para companhias aéreas chinesas e equipamentos para a Sichuan Airlines.


fique de olho

O Departamento de Comércio dos EUA identificou uma queda no envio de semicondutores e outros produtos restritos através da China e Hong Kong para a Rússia este ano.

  • Segundo a Reuters, entre janeiro e maio, as remessas de itens prioritários (CHPL) por Hong Kong caíram 28% e pela China continental, 19%.

Mesmo assim, segundo a agência, Hong Kong permanece sendo um ponto focal para evasão de sanções contra Moscou desde o início da invasão na Ucrânia.

  • Dados da C4ADS mostram que empresas de Hong Kong enviaram quase US$ 2 bilhões em bens para a Rússia entre agosto e dezembro de 2023, incluindo chips avançados.

Por que importa: o envio de componentes de uso dual —aqueles que podem ser usados tanto para uso civil como militar— para a Rússia tem sido uma das principais reclamações de diplomatas americanos e europeus com a China.

Embora grandes empresas chinesas tenham evitado desrespeitar sanções temendo repercussões comerciais com os EUA, análises independentes mostram que a China não interrompeu as exportações destes componentes, o que beneficiaria a indústria armamentícia russa e contribuiria para a continuidade da guerra. Pequim sempre negou as acusações.


para ir a fundo

  • O Instituto de Estudos sobre a China da UFSC vai oferecer um curso sobre a ascensão chinesa e o impacto nas relações com o Brasil. As aulas serão online e não demandam vínculo com a universidade. As inscrições vão até o dia 25 de julho e podem ser feitas aqui. (gratuito, em português)

  • O Instituto Confúcio na Unesp e o Consulado Geral da China em São Paulo lançaram um concurso de vídeos curtos com o tema “China e Brasil – 50 Anos de Amizade”. Participantes devem enviar um vídeo de 30 a 90 segundos com histórias e experiências que mostram a amizade entre nossos países. Serão distribuídos prêmios como notebooks, tablets e celulares. As inscrições estão abertas até 23 de agosto e os interessados podem saber mais sobre aqui. (gratuito, em português)

  • O BRICS Research Institute da Universidade de Fudan abriu chamada para a conferência de pesquisadores do grupo que acontece em Xangai em setembro. Entre os temas aceitos estão artigos nas áreas de diplomacia pública, governança corporativa, mudanças climáticas, etc. Inscrições até 31 de julho neste link. (gratuito, em inglês)

Fonte: Folha de São Paulo

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