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Caso Derlan: sargento do Bope que atirou em amigo da vítima se apresenta à Polícia

O suspeito de atirar em um homem que estaria ajudando a pegar a moto do amigo, vítima do atentado a tiros no bairro do Jacintinho, em Maceió, é um sargento da Polícia Militar (PM) lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ele se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e deve prestar depoimento ainda nesta segunda-feira (09).

A vítima do disparo efetuado pelo militar foi identificada como Victor, que é amigo de Winderlan Douglas Oliveira Felix, de 29 anos, o Derlan, assassinado a tiros em um posto de combustíveis, horas depois de se casar. Victor foi baleado ao buscar a moto de Derlan, que ficou caída no posto, na Rua Coronel Paranhos, na noite do dia 03 de setembro. Victor está internado em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE).

Na semana passada, o delegado  Arthur César, que investiga o caso – tratado como tentativa de homicídio -, adiantou que o autor do disparo seria um “agente de segurança pública que tentou intervir achando que iria ajudar, mas atrapalhou ainda mais a situação”.

O advogado Farid Jorge, que representa o sargento, diz que o militar agiu em legítima defesa. “A princípio ele estava dentro de casa, quando ouviu disparos e, ao esperar algum tempo, assim como outros populares, foi verificar. Quando estava na rua, foi avisado por populares que a pessoa que acabara de cometer um crime estava voltando para terminar a situação, foi quando meu cliente, sargento do Bope, se abrigou atrás de um poste e esperou a situação ocorrer. Quando dois cidadãos surgiram em uma moto, ele deu voz de prisão e se identificou como policial. Um cidadão obedeceu e outro não. Infelizmente o outro, em uma situação abrupta, colocou a mão na cintura, foi quando ele então disparou contra essa pessoa, agindo em total legítima defesa”, contou o advogado, em entrevista ao Fique Alerta, da TV Pajuçara.

Advogado Farid Jorge acompanhou o sargento, que se apresentou na Delegacia de Homicídios nesta segunda. Foto: Reprodução/ TV Pajuçara

Conforme o advogado, o sargento não conhecia a vítima e estava sozinho no momento da ação. “Não sabia quem eram as pessoas de bem, então a prioridade foi resguardar sua vida. Ele agiu de forma proporcional, se houvesse má fé teria atirado na outra pessoa que estava na moto, mas ele agiu de forma coerente com a lei”, argumentou o advogado.

Até o momento, não há testemunhas de que Victor colocou a mão na cintura ao ser abordado pelo sargento à paisana. A polícia também não informou ter encontrado algo semelhante a uma arma com o homem, que segue internado no HGE. O estado de saúde dele não foi divulgado, uma vez que o o hospital não informa boletins sobre vítimas de violência, conforme determina a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

Fonte: TNH1

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