A Câmara Municipal de Palmeira dos Índios vive hoje uma realidade administrativa que escancara o desequilíbrio funcional e o desrespeito aos princípios da legalidade, impessoalidade e eficiência. Levantamento completo feito pela Tribuna do Sertão, com base em documentos oficiais da Casa
Legislativa, revela que há mais de cinco vezes mais servidores contratados e comissionados do que servidores efetivos.
O levantamento identificou que a Câmara mantém atualmente:
115 servidores comissionados, todos lotados nos gabinetes dos vereadores e na estrutura da Mesa Diretora, ocupando cargos como assessor legislativo, assistente, auxiliar, chefe de gabinete e coordenador;
68 servidores contratados temporariamente, incluídos na chamada
“folha paralela”, revelada com exclusividade pela Tribuna do Sertão na última segunda-feira;
Apenas 19 servidores efetivos, concursados e integrantes do quadro permanente da instituição.
A desproporção é gritante. Enquanto o corpo funcional efetivo encolhe e a maioria dos cargos está vaga ou congelada, os comissionados e contratados ocupam praticamente todos os espaços da estrutura legislativa — muitos sem qualquer seleção pública ou critério técnico identificável.
A publicação da folha paralela na Tribuna causou repercussão imediata por se tratar de um documento oficial extraído do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público do Estado de Alagoas e o presidente da Câmara, vereador
Madson Monteiro. O TAC obriga a exoneração desses contratados irregulares e a reestruturação da folha. Mesmo assim, a lista revela um modelo que foi institucionalizado na Casa: manter servidores temporários, em grande parte indicados politicamente, em detrimento da realização de concurso público.
Com 115 comissionados espalhados pelos 15 gabinetes e pela Mesa Diretora, e mais
68 contratados temporários, o Legislativo palmeirense sustenta uma estrutura inchada, cara e precária do ponto de vista técnico. O resultado é uma Câmara cada vez mais subordinada à lógica de favores, com baixa produtividade legislativa e alto custo para os cofres públicos.
Com 115 comissionados espalhados pelos 15 gabinetes e pela Mesa Diretora, e mais
68 contratados temporários, o Legislativo palmeirense sustenta uma estrutura inchada, cara e precária do ponto de vista técnico. O resultado é uma Câmara cada vez mais subordinada à lógica de favores, com baixa produtividade legislativa e alto custo para os cofres públicos.
A equipe da Tribuna do Sertão publicará a seguir a lista detalhada dos nomes de comissionados por vereador, além da relação completa dos servidores efetivos, reforçando o compromisso com a transparência e o controle social. A sociedade de Palmeira dos Índios tem o direito de saber quem ocupa cada cargo, como foi nomeado e quanto custa manter uma estrutura que hoje mais parece um cabide de empregos.
Confira a lista de novos comissionados clicando aqui.