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Bloquear ajuda humanitária em Gaza é ofensa moral, diz ONU – 23/03/2024 – Mundo

Uma fila de caminhões de ajuda retidos no lado egípcio da fronteira com a Faixa de Gaza, onde as pessoas enfrentam a fome, é uma ofensa moral, disse o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, durante uma visita à região neste sábado (23).

Falando em frente aos portões da passagem de Rafah, ponto de entrada de ajuda humanitária, ele afirmou que já era hora de Israel dar um “compromisso inabalável” para o acesso irrestrito a bens humanitários em Gaza.

Também pediu um cessar-fogo e disse que a ONU continuaria a trabalhar com o Egito para “agilizar” o fluxo de mantimentos para o território palestino.

“Aqui, deste cruzamento, vemos a tristeza e a falta de coração de tudo isso. Uma longa fila de caminhões de ajuda bloqueados de um lado dos portões, a longa sombra da fome do outro”, disse Guterres. “Isso é mais do que trágico. É uma ofensa moral.”

A visita de Guterres ocorre enquanto Israel sofre pressão global para permitir a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza, devastada por mais de cinco meses de guerra.

Também neste sábado, uma série de combates ocorreram em torno do principal hospital de Gaza, o Al-Shifa, onde Israel diz ter matado até agora mais de 170 homens armados, numa ofensiva que começou na última segunda-feira, quando o Exército de Tel Aviv invadiu o local pela segunda vez.

O Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, afirma que os ataques recentes de Israel resultaram na morte de cinco pacientes. O grupo terrorista diz ainda que seus combatentes estão lutando contra as forças de Tel Aviv nas imediações do hospital, não dentro. Para atacar o hosítal, Israel argumenta que homens do Hamas usam uma rede de túneis embaixo do hospital.

Já os moradores dos arredores relataram que as forças israelenses explodiram dezenas de casas e apartamentos nas ruas próximas ao hospital, além de destruírem estradas. Segundo eles, o hospital privado Al-Helo, nas proximidades, também foi atingido pelo Exército de Israel.

Localizado na Cidade de Gaza, ao norte do território, o Al-Shifa era considerado o maior hospital da Faixa de Gaza até o início do conflito. Atualmente, é uma das poucas instalações de saúde parcialmente operacionais na região, após quase todas as outras colapsarem por escassez de suprimentos e falta de condições de trabalho devido aos combates. Além de pacientes, o hospital abriga centenas de civis deslocados internamente.

Esta não é a primeira vez que Israel invade o Al-Shifa. Tel Aviv enfrentou duras críticas em novembro passado quando as tropas adentraram o centro de saúde, alegando que haviam descoberto túneis que seriam usados como centros de comando e controle pelo Hamas.

Fonte: Folha de São Paulo

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