Quando Arthur Lira (PP/AL) concluiu seus quatro anos de mandato como presidente da Câmara dos Deputados não faltou quem emitisse o prognóstico de que o parlamentar alagoano ao perder o poder teria diminuída a sua força política.
Não faltaram comentários do tipo “Voltou para a planície”, “Vai ser igual ao Eduardo Cunha e ao Rodrigo Maia (dois antecessores seus no comando da Câmara)”, “Quero ver agora, que não tem mais o cargo para se valorizar”…
Ao contrário desses palpites, Arthur Lira tem demonstrado um poder de resiliência enorme, ao ponto de ter sido decisivo ao fazer de Hugo Motta (Republicanos/PB) seu sucessor na presidência da casa e de preservar sua forte influência sobre seus colegas de Câmara.
Não é a toa que continua a ser frequentemente procurado quando há matérias de relevância para votação no Congresso, em certos momentos mais até, inclusive, do que Hugo Motta, com quem tem sido feita uma inevitável comparação – “O Lira cumpria os compromissos assumidos”, estão a lamentar governistas sobre a votação de mudanças no IOF, nesta semana.
É dessa forma, graças ao seu estilo, que o filho do saudoso Arthur Lira mantém seu protagonismo no cenário nacional.