Um ano e meio após a primeira aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a tirzepatida, de nome comercial Mounjaro, chegou às farmácias do país e só poderá ser vendida com retenção de receita.
Desenvolvido pela farmacêutica americana Eli Lilly, o medicamento é mais um representante dos análogos de GLP-1, classe que tem revolucionado o tratamento da obesidade e do diabetes.
Nos estudos clínicos, a medicação foi bastante potente para a perda de peso — mais do que a semaglutida (de Ozempic e Wegovy). Isso porque a caneta injetável de aplicação semanal tem dois mecanismos para regular a glicose e o apetite — e o concorrente tem uma via de ação.
Saiba a quem se destina o produto, como é usado, seus efeitos, reações adversas e preço.
O que é?
O Mounjaro é um medicamento baseado no princípio ativo tirzepatida, molécula que imita dois hormônios naturalmente fabricados pelo corpo, o GLP-1 e o GIP. Com esse mecanismo, ele estimula a saciedade e ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue, atuando no tratamento da obesidade e do diabetes.
Quais as reações adversas?
São as típicas da classe dos análogos de GLP-1, que inclui a semaglutida: náuseas, enjoo, episódios de diarreia, sensação de mal-estar e eventuais dores de cabeça. Elas podem ser contornadas com a administração escalonada das doses, quando se aumenta gradualmente a quantidade do princípio ativo.
Quais as versões disponíveis e os preços?
A tirzepatida começou a ser comercializada no Brasil nas dosagens mais baixas – espera-se que, em breve, cheguem as mais potentes. Elas custam a partir de 1 400 reais.
Mais precisamente, quem faz parte do programa de suporte ao paciente poderá adquirir as doses de 2,5 mg por 1.406 reais nas lojas digitais e por 1.506 reais nas lojas físicas, enquanto as canetas de 5 mg poderão ser encontradas por 1.759 reais no e-commerce e por 1.859 reais nas farmácias.
Já quem não faz parte do programa adquirirá as caixas de 2,5 mg por até 1.907 reais e as de 5 mg por até 2.384 reais.