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Russo é acusado de contrabandear material militar aos EUA – 15/09/2023 – Mundo

Um homem russo foi sentenciado a 12 anos e seis meses de prisão sob a acusação de trair o país ao enviar materiais militares para os Estados Unidos, disse nesta sexta-feira (15) o Serviço Federal de Segurança (FSB), órgão de inteligência da Rússia correspondente ao KGB da União Soviética.

Serguei Kabanov, 32, ficará em presídio de segurança máxima. Segundo a promotoria, ele contrabandeou peças usadas pela defesa aérea russa, incluindo componentes de mísseis terras-ar, além de sistemas de armas baseados em radar. A acusação diz que ele agiu a mando dos serviços de inteligência dos EUA.

As peças teriam sido primeiro transferidas para a Letônia, país vizinho da Rússia, antes de serem enviadas a uma empresa com sede no estado do Alabama, controlada pelo Departamento de Defesa americano.

Kabanov foi detido em 2021, segundo a agência russa Interfax. Imagens divulgadas nesta sexta pelo FSB mostram o momento da prisão. O homem estava levando uma caixa de madeira de um veículo para outro numa área rural no momento em que foi surpreendido por policiais encapuzados e vestidos com trajes camuflados. O governo e as agências da Rússia não divulgaram os argumentos da Defesa.

De acordo com a agência Tass, a Justiça russa aceitou como prova o que seriam registros de envios das das peças militares, além de uma nota de faturamento no valor de US$ 49 mil (R$ 239 mil).

As acusações de traição feitas pelas autoridades da Rússia aumentaram de forma expressiva desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Ao longo do conflito, o presidente Vladimir Putin vem cobrando das agências de inteligência a identificação de espiões e agentes estrangeiros em solo russo.

Em artigo publicado nesta sexta, Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia,diz que Moscou neutralizou centenas de espiões nos últimos anos. “Funcionários de serviços de inteligência estrangeiros, bem como outras pessoas envolvidas na organização de atividades de inteligência e subversivas contra o nosso país e nossos parceiros estratégicos, foram identificados e neutralizados.”

Ex-diretor do FSB, Patrushev é considerado próximo de Putin e tido como um dos principais defensores de políticas linha-dura para a segurança da Rússia.

Ao longo do conflito, várias pessoas já foram acusadas por autoridades russas de atuar em conluio com a Ucrânia. Em julho, um tribunal russo determinou a prisão de sete pessoas que teriam planejado o assassinato de dois jornalistas proeminentes do país a mando de Kiev.

Na ocasião, a Ucrânia não se manifestou sobre as prisões, mas autoridades do país invadido já negaram o envolvimento das forças do país em assassinatos de influenciadores pró-guerra na Rússia.

Em maio, a explosão de um carro feriu o escritor nacionalista Zakhar Prilepin, defensor da ofensiva no vizinho. Antes, em abril, uma explosão em um café de São Petersburgo matou o blogueiro russo pró-Putin Vladlen Tatarski. No ano passado, Daria Dugina foi morta em uma explosão de carro em Moscou. Ela era filha do controverso filósofo Aleksandr Dugin, um dos principais arquitetos da expansão territorial da Rússia. O governo russo atribuiu responsabilidade à Ucrânia nos três casos.

Fonte: Folha de São Paulo

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