Presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues justificou ausência
CPI investiga manipulação de resultados de futebol
Diretor de Competições da CBF, Júlio Avellar foi ouvido pela CPI da Manipulação do Futebol na noite desta segunda-feira (11), em audiência pública. Ele foi esclarecer como a entidade trabalhar para impedir que esse tipo de crime ocorra nas partidas, a exemplo dos jogos investigados pelo Ministério Público de Goiás, na Operação Penalidade Máxima. O encontro também teve a presença de ex-dirigentes da entidade.
Avellar detalhou que cerca de cinco mil jogos são monitorados por ano no futebol brasileiro. Esse trabalho é feito pela SportsRadar, empresa de tecnologia que acompanha movimentações em casas de apostas e é contratada pela CBF. Esse monitoramento é feito em todas as divisões do Brasileirão masculino, além do Brasileirão Feminino, a Copa do Brasil, Estaduais e categorias de base. As informações são do ge.
“Recebemos o relatório e primeiro faz-se uma análise se esse relatório é de competição nacional ou estadual. Uma vez analisado, esse relatório é enviado. No caso de competições nacionais, é enviado ao STJD e ao comitê de ética da CBF. Se os resultados envolvem (Campeonatos) Estaduais, os relatórios são enviados também às federações”, explicou.
O diretor revelou ainda que a entidade não sabia do esquema de manipulação investigado pela Operação Penalidade Máxima. Avellar pontuou também que a CBF enviou todos os relatórios recebidos da SportsRadar aos órgãos competentes.
Outro ponto destacado por Avellar foi o Regulamento Geral de Competições da CBF, que sofreu mudanças importantes nesse sentido. Agora, é possível punir pessoas envolvidas com manipulação de jogos. Assim, elas poderão ser penalizadas administrativamente.
O intuito da CPI era também ouvir Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. No entanto, o dirigente justificou a ausência por estar acompanhando a seleção brasileira em Lima, para o jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo.
Uma nova reunião será realizada nesta terça-feira. Em pauta, a discussão de mais uma audiência pública, agora com representantes das casas de apostas.