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Israel diz que jornalistas da Al Jazeera eram terroristas – 11/01/2024 – Mundo

O Exército de Israel acusou nesta quarta-feira (10) dois jornalistas da rede qatari de notícias Al Jazeera, mortos em um bombardeio na Faixa de Gaza, de serem “agentes terroristas” filiados aos grupos extremistas Hamas e Jihad Islâmico, responsáveis por ataques contra israelenses.

As famílias dos homens e a Al Jazeera não tinham comentado as acusações até a manhã desta quinta (11). Numa breve declaração, o Hamas as descreveu como “vagas e falsas”.

Hamza Dahdouh e Mustafa Thuria trabalhavam como cinegrafistas para vários veículos de imprensa internacionais, entre eles a Al Jazeera, e foram mortos em um bombardeio no sul de Gaza. Eles estavam em uma viagem de carro a serviço da rede qatari no momento em que foram atingidos.

“Antes do bombardeio, os dois pilotavam drones que representavam uma ameaça iminente às tropas israelenses”, disse o Exército em comunicado, acusando-os de “envolvimento direto” em ataques contra as forças de Israel. Questionadas pela agência de notícias AFP sobre o tipo de drone usado e a natureza da ameaça, as Forças Armadas responderam apenas que estavam investigando o caso.

O Exército disse que Thuria foi identificado em um documento encontrado pelos soldados em Gaza como membro de uma brigada militar do Hamas, enquanto Dahdouh pertencia ao Jihad Islâmico.

Os militares divulgaram uma cópia do que seria outro documento que contém uma lista dos agentes de uma unidade de engenharia eletrônica do Jihad Islâmico, entre os quais aparece o nome de Dahdouh e o que seria o seu número militar.

O pai de Hamza, Wael al-Dahdouh, redator-chefe da sucursal da Al Jazeera na Faixa de Gaza, já havia perdido a mulher e outros dois filhos em um ataque israelense nas primeiras semanas da guerra.

Na última segunda-feira, dois sobrinhos de Wael, Ahmed al-Dahdouh e Muhammad al-Dahdouh, morreram em um bombardeio quando viajavam de carro em Rafah, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.

Pelo menos 79 jornalistas e profissionais da imprensa morreram desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, no dia 7 de outubro, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Thuria, que tinha cerca de 30 anos, havia colaborado também com a agência de notícias AFP.

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse na quarta que os jornalistas não devem ser um alvo. “Eles [jornalistas] têm todo o direito de estar cobrir o conflito e queremos que a sua presença seja totalmente respeitada”, afirmou o americano.

Fonte: Folha de São Paulo

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