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Vídeo: Janela de avião se abre durante voo nos EUA – 06/01/2024 – Mundo

O painel de uma janela de avião da Alaska Airlines modelo Boeing 737 Max 9 se rompeu durante o voo na noite desta sexta (5), obrigando a aeronave com 171 passageiros e 6 tripulantes a reduzir sua altitude e fazer um pouso de emergência.

Imagens nas redes sociais mostram passageiros utilizando máscaras de oxigênio e um dos painéis da lateral esquerda do avião aberto. Não houve feridos no episódio, e relatos apontam que o assento ao lado do painel que se soltou, estava desocupado.

Fotografias de passageiros mostram que a área afetada estava na parte do meio para trás do avião, atrás da asa e das turbinas. A seção da fuselagem que se soltou parece ser de um local que costuma conter saídas de emergência, mas a Alaska Airlines não usa esse espaço para isso, e o local continha uma janela, em frente a um assento comum.

A companhia americana suspendeu 65 jatos que possui do modelo Boeing 737 Max 9 para verificações de segurança depois do ocorrido. O modelo já apresentou problemas que resultaram em acidentes com centenas de mortes na Etiópia e na Indonésia, em 2018 e 2019.

O CEO da empresa, Ben Minicucci, afirmou em comunicado que os aviões voltariam ao serviço somente após manutenção preventiva e inspeções de segurança, que ele esperava serem concluídas nos “próximos dias”.

O voo havia atingido 4.800 metros de altitude com destino à cidade de Ontario, na Califórnia, antes de retornar a Portland, no estado do Oregon, onde pousou em segurança às 17h26. “Gostaríamos de descer”, disse o piloto ao controle de tráfego aéreo, de acordo com uma gravação publicada no site liveatc.net, que transmite áudios de controle de tráfego aéreo.

“Estamos declarando uma emergência. Precisamos descer para 10.000 [pés, cerca de 3.000 metros]”, acrescentou o piloto, referindo-se à altitude para tais emergências, abaixo da qual a respiração é considerada possível para pessoas saudáveis sem oxigênio extra.

“Embora esse tipo de ocorrência seja raro, nossa tripulação de voo foi treinada e preparada para gerenciar a situação com segurança”, disse a companhia.

A Junta Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA afirma que abriu investigação sobre o incidente. A Administração Federal de Aviação (FFA, na sigla em inglês) também diz que a tripulação relatou um problema de pressurização e que irá apurar o caso.

As aeronaves do novo modelo 737 Max 9 da Boeing foram entregues à Alaska Airlines no final de outubro e certificados no início de novembro, de acordo com dados da administração federal.

“Estamos cientes do incidente envolvendo o voo 1282 da Alaska Airlines. Estamos trabalhando para obter mais informações e em contato com nosso cliente da companhia aérea”, afirmou a fabricante por meio de comunicado.

“Sempre que você tem uma descompressão rápida como essa, é um grande evento de segurança”, diz Anthony Brickhouse, especialista em segurança aérea da Universidade Aeronáutica Embry-Riddle.

“Não consigo imaginar o que esses passageiros experimentaram. Deve ter sido [um barulho] alto, com vento passando pela cabine. Foi uma situação provavelmente bastante violenta e definitivamente assustadora”, afirma.

O incidente mostra a importância de os passageiros manterem os cintos de segurança afivelados enquanto estão sentados em um avião, mesmo que a luz do cinto de segurança esteja desligada, diz Brickhouse, observando que o sistema de máscara de oxigênio parece ter funcionado corretamente no caso.

Na semana passada, a Boeing disse que estava pedindo às companhias aéreas que inspecionassem todos os aviões 737 Max em busca de um possível parafuso solto no sistema de controle do leme.

A FFA disse estar monitorando de perto as inspeções do modelo da Boeing e que irá considerar ações adicionais se mais peças soltas ou ausentes forem encontradas no processo.

O 737 Max ficou parado por 20 meses em todo o mundo após dois acidentes fatais em 2018 e 2019, ligados a um software mal projetado da cabine de pilotagem, que matou um total de 346 pessoas na Etiópia e na Indonésia. A Boeing ainda aguarda a certificação de seu modelo menor, o 737 Max 7 e do maior, Max 10.

A agência reguladora de aviação da China realiza uma reunião de emergência para considerar uma resposta ante o incidente, incluindo uma possível suspensão da frota de modelos Boeing Max no país, segundo informou a Bloomberg neste sábado (6). O país asiático também teve um acidente, em 2022, com um Boeing 737, mas de outro modelo, o 737-800, e não da série 737 Max.

A FAA examinou cuidadosamente o modelo por anos, afirmando em 2021 que rastreava todos os aviões 737 Max usando dados de satélite.

A fuselagem para aviões Boeing 737, o modelo mais popular da fabricante americana, é produzida pela Spirit AeroSystems, empresa sediada no estado do Kansas. Em agosto de 2023, a Boeing identificou um problema de qualidade envolvendo a Spirit que resultou em furos mal perfurados no painel traseiro de pressão. Procurada pela Reuters, a Spirit não estava disponível para comentar o incidente.

Fonte: Folha de São Paulo

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