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Antes e depois: novas imagens mostram pontos submersos da mina 18, no Mutange

Novas imagens registradas pelo repórter fotográfico da Agência Alagoas, Thiago Sampaio, nessa quarta-feira, 6, mostram a dimensão do avanço da água da laguna Mundaú diante do afundamento da mina 18, da Braskem, no Mutange, em Maceió. 

Os primeiros registros aéreos feitos por drone da TV Pajuçara e por equipes da Prefeitura de Maceió e do Governo de Alagoas apontavam para o aparecimento de fissuras ao redor do local em que está a mina, que fica próxima ao antigo Centro de Treinamento do CSA.

Como é possível ver no destaque da foto superior (feita no dia 1º de dezembro), a superfície da borda da mina estava seca e apenas a margem da lagoa indicava área úmida. Cinco dias depois, na foto inferior (feita em 6 de dezembro), já é perceptível a mudança do cenário, com essas mesmas áreas apresentando pontos submersos. 

A foto do Thiago Sampaio foi feita por volta das 15h da quarta-feira, 6, momento em que a tábua da maré diminuía, chegando ao ponto mais baixo de 0,9 às 17h24.

A Defesa Civil de Maceió informou, na manhã desta quinta-feira, 7, que o deslocamento vertical, ou seja, o afundamento acumulado da mina n° 18 é de 1,99 m. A nota informativa compartilhada às 9h mostra também que a velocidade vertical é de 0,25 cm por hora, apresentando um movimento de 6 cm nas últimas 24h.

Após a Defesa Civil de Maceió alertar sobre o colapso iminente da mina 18, da Braskem, no Mutange, cerca de 23 famílias tiveram que ser retiradas das casas que estão localizadas na área de risco. A Justiça Federal, inclusive, autorizou o uso de força policial, caso os moradores recusassem a sair.

Veja abaixo as imagens do repórter fotográfico da Agência Alagoas, Thiago Sampaio, dessa quinta-feira, 6.

A Prefeitura de Maceió desocupou seis escolas em diferentes bairros da capital para torná-las abrigos temporários aos moradores e também decretou estado de emergência na capital por 180 dias. 

O presidente da Braskem, Roberto Bischoff, afirmou nesta segunda-feira, 4, que nos últimos quatro anos foram realocadas 40 mil pessoas – a estimativa dos órgãos é que o número seja de quase 60 mil – em 14,5 mil imóveis e mais de 97% das propostas de indenização foram aceitas e pagas por meio do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF). O comentário foi feito ao Estadão durante o 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), evento tradicional do setor químico promovido pela Associação Brasileira de Indústrias Química (Abiquim).

A Justiça Federal determinou, na manhã da última quinta-feira (30), que a Braskem adote providências em relação ao novo mapa elaborado pela Defesa Civil Municipal, que inclui no PCF novos imóveis localizados no Bom Parto. A mineradora comunicou aos acionistas e ao mercado que o valor atribuído à causa pelos autores da ação é de R$ 1 bilhão.

Fonte: TNH1

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