O mês de julho é dedicado à conscientização, prevenção e combate ao câncer de cabeça e pescoço — doença que pode atingir áreas como boca, laringe, garganta, nariz, tireoide, entre outras. Para 2025, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 39.550 novos casos desse tipo de câncer, incluindo os cânceres de cavidade oral, laringe e tireoide, sejam diagnosticados no Brasil.
A cirurgiã de cabeça e pescoço Ana Carolina Pastl destaca a importância da campanha Julho Verde para alertar a população sobre os sinais e os fatores de risco. “Esse é um tipo de câncer que pode se desenvolver em diferentes regiões da cabeça e do pescoço, como orofaringe, seios nasais, nasofaringe, órbita, couro cabeludo e pele do rosto. Quando identificado na fase inicial, as chances de cura podem chegar a 90%”, afirma a especialista.
Entre os principais sintomas estão: nódulo no pescoço, manchas brancas ou avermelhadas na boca, ferida que não cicatriza após duas semanas, dor de garganta que persiste por mais de 15 dias, dificuldade ou dor ao engolir e rouquidão prolongada. ““Esses sintomas podem indicar tanto doenças benignas quanto malignas. Por isso, ao notar qualquer sinal de alteração, é essencial procurar um cirurgião de cabeça e pescoço o quanto antes para garantir um diagnóstico precoce e, se necessário, iniciar o tratamento o mais rápido possível. Em casos de nódulos na tireoide ou alterações hormonais, a avaliação por um endocrinologista também é fundamental”, orienta a médica.
Ana Carolina também chama atenção para os principais fatores de risco, que envolvem tanto aspectos comportamentais quanto ambientais e genéticos. Entre eles, estão o tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol sem proteção adequada, obesidade e histórico familiar. “Estudos indicam que o uso combinado de álcool e cigarro aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de câncer na cavidade oral. Os primeiros sinais da doença podem surgir anos após a exposição contínua a esses fatores”, conclui.