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perícia liga munição a revólver apontado por PMs; defesa do jovem diz que arma foi ‘plantada’

O Instituto de Criminalística de Alagoas concluiu o exame balístico relacionado à morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos – o adolescente encontrado sem vida após uma abordagem da Polícia Militar. A informação foi confirmada ao TNH1 pelo advogado Gilmar de Souza, que representa a família da vítima.

Gabriel foi morto no dia 3 de maio, durante uma ação policial em Palmeira dos Índios (AL). O caso teve grande repercussão e gerou protestos nas ruas e nas redes sociais. Dois relatos opostos cercam a investigação:

  • Versão da Polícia Militar: Gabriel teria desobedecido a uma ordem de parada durante uma ronda e, segundo os policiais, efetuado disparos contra a equipe, que revidou.
  • Versão da família: o adolescente não estava armado e teria apenas se assustado com a presença dos policiais. Os familiares questionam a conduta dos PMs envolvidos.

Segundo o advogado da família, o laudo realizado sobre o revólver que a PM afirma ter sido apreendido com o menor aponta que a arma estava em perfeito estado de funcionamento e que um disparo foi efetuado.

Defesa contesta e cita arma ‘plantada’

Apesar da constatação do disparo, a autoria e o momento exato do tiro não foram esclarecidos. A defesa de Gabriel Lincoln acredita na possibilidade de que a arma tenha sido plantada na cena do crime.

Até porque não sugere quando foi realizado o disparo, sobretudo por quem”, informou o advogado.

O pai de Gabriel, Cícero Bezerra, também rejeita a narrativa policial e reforça que o filho nunca teve contato com armas, nem mesmo de brinquedo.

“Isso não é verdade. É uma narrativa que tentam colocar em cima do meu filho e não condiz com a verdade. Ele nunca viu uma arma, nunca pegou em uma arma de brinquedo, que eu não permitia, de hipótese alguma, e a verdade vai vir à tona […] As imagens, por si, falam. Que não houve reação”, destacou.

Pai de Gabriel se emociona ao falar sobre adolescente | Crédito: Reprodução/TV Pajuçara

Também já foi confirmado que a arma não está cadastrada no sistema da Polícia Federal, conforme afirmou o delegado Alexandre Leite, em coletiva realizada no dia 7 de maio.

Desde então, os policiais militares envolvidos na ação foram afastados das atividades ostensivas e transferidos para funções administrativas, enquanto as investigações seguem em andamento.

Reconstituição do crime já tem data marcada

A reconstituição da morte de Gabriel Lincoln está marcada para o dia 15 de julho, em Palmeira dos Índios (AL). O procedimento será realizado no mesmo local e horário em que o jovem foi morto e contará com a presença de peritos criminais, testemunhas, delegados da Polícia Civil e representantes do Ministério Público Estadual.

É uma luta danada. A gente está um pouco aliviado com a reprodução. Estávamos ansiosos para esse momento acontecer”, declarou o pai de Gabriel, em vídeo enviado ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/RECORD.

Fonte: TNH1

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